São Januário: um homem de caridade, infatigável zelo e solicitude pastoral

Hoje dia 10 de Setembro inicia-se a Novena de Januário, santo venerado na paróquia de São Gennaro, situado na Mooca – Zona Central de São Paulo.
É interessante começar pela vida santa que este homem, sacerdote e bispo viveu nos primórdios do Cristianismo.
São Januário foi um homem de caridade, infatigável zelo e solicitude pastoral.
No ano 304 depois de Cristo, o imperador Romano Diocleciano desencadeou em todo o império uma cruel perseguição ao Cristianismo e obrigava os fiéis a oferecerem culto as divindades pagãs.
Enquanto isso, como bispo São Januário estimulava as igrejas a permanecerem fiéis a Jesus Cristo e logo foi percebido pelos opositores que o mandaram prender.

O Pro cônsul Timóteo deu-lhe uma alternativa: _ Ou você oferece incenso aos deuses ou renuncias a Vida.
– Não posso. Respondeu ele: imolar aos demônios, pois tenho a honra de sacrificar todos os dias ao Verdadeiro Deus, referindo-se a celebração eucarística.
Irado, o Pro cônsul o mandou para a fornalha ardente, mas as chamas nem sequer tocaram a orla de suas vestes.
Por seu duro coração, não considerou o milagre, dizendo ser obras mágicas. Marcou então um encontro com as feras nas arenas de Roma, juntamente com mais 6 cristãos.
No centro da Arena São Januário encorajava os companheiros dizendo: – “Animo, irmãos, este é o dia do nosso triunfo, combatamos com valor nosso sangue por Aquele Senhor, a quem devemos à vida.”
Mal terminaram de falar as feras correram ao encontro deles, mas ao invés de os despedaçarem, prostraram-se diante do Bispo e começaram a lamberem os pés.
Ouviu-se então um grande murmúrio no anfiteatro que reconhecia não existir outro verdadeiro Deus senão os dos cristãos, muito pediram clemência, mas o pro cônsul cego de ódio mandou decapitar aqueles cristãos, sendo executada a ordem na Praça Vulcânia, no dia 19 de Setembro de 305.

Para hoje você já pode pensar no que se refere a nossa vida de fé. O porquê acreditamos no Deus Vivo e se de fato somos capazes de morrer por Ele. Talvez, não num martírio de sangue, mas naqueles pequenos martírios do dia a dia. A pessoa que não nos damos bem e que temos que trabalhar com ela e exercitar o amor. O enfrentar o trânsito das grandes capitais sem perder a paz e nem xingar ninguém. Enfim, viver como cristãos neste século sem valores humanos, muito menos cristãos.
Que São Januário interceda por nós neste inicio da novena que antecede o dia do seu martírio e nos faça trilhar os caminhos da vivencia de um verdadeiro cristianismo, aquele caminho trilhado pelo Cristo.

Amanhã, não perca o milagre da Liquefação do Sangue de San Januário que se repete até os dias de hoje!