Uma nota sobre os Maronitas...

No ano de 2006, a Canção Nova de São Paulo inaugurou os estúdios da TV no prédio anexo da Catedral Maronita Nossa Senhora do Líbano, na Liberdade. Desde então, nossa sede em São Paulo é na Igreja onde está situada a Eparquia Maronita do Brasil.

Você conhece a história dos Maronitas?

Escreveu Teodoritos (bispo de Cirrus, na Síria, em 423 d.C), na sua História da Igreja, sobre São Maron:

“Na sua suprema generosidade, Deus deu-lhe o dom de curar. Sua fama estendeu-se por toda a parte. As multidões acorriam a ele, e a cada um encontrava a cura de seu mal. Pois os médicos prescrevem um remédio para cada doença, mas a prece dos escolhidos de Deus cura todas as doenças do corpo. Curava também as doenças da alma: uns da avareza, outros de raiva; ensinava a uns a lei, a outros a compaixão.”

Os maronitas, que formam a comunidade religiosa mais importante do líbano, são os seguidores desse santo.

Não há documentos sobre as datas do nascimento e morte de São Maron. Sabe-se que viveu nos séculos IV e V numa aldeia do Vale do Rio Assi, no Norte da Síria, onde fundou um convento que chegou a abrigar centenas de monges. A partir do século VI, o convento tornou-se o centro de uma comunidade numerosa e disciplinada, de caráter religioso e civil.

No século VII, para fugir das perseguições dos jacobitas e do Imperador Justiniano II, os maronitas, liderados por seu patriarca Iohana Maron, refugiaram-se no Líbano, que se tornou, a partir do século X, sua pátria definitiva e seu centro de ação e irradiação.

Afirmam os cronistas que a natureza da montanha do líbano teve influência sobre a formação do caráter maronita, dando-lhe a um só tempo maior solidez e maior espiritualidade. Os patriarcas e bispos viviam com simplicidade ao lado do povo, liderança necessária nas horas críticas.

Quando se preoduziu a cisão entre Roma e Constantinopla, os maronitas permaneceram fiéis a Roma, o que lhes valeu até hoje um prestígio especial junto ao Vaticano.

Houve muitos santos, além do fundador, entre os maronitas notadamente os 350 mártires sacrificados em 634 por defenderem o concílio de Calcedônia, o Patriarca Iohana Maron e os três mártires que derramaram seu sangue em damasco em 1860.

Teologicamente, os maronitas seguem a lei de Roma. Para eles, o casamento é indissolúvel e o divórcio, proibido, o que se harmoniza sem dificuldade com o seu profundo senso da família. Embora conservem sua própria hierarquia (encabeçada por um patriarca) e sua língua litúrgica (o aramaico, a língua falada por Cristo), obedecem ao Vaticano e são católicos tanto como os latinos.

A Ordem libanesa Maronita, à qual pertencia o Padre Charbel, é uma das muitas ordens de monges ou padres maronitas que se dedicam ao ensino e às obras sociais no Líbano e nos centros de emigração libanesa.

Tome Nota!

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Asssita ao vídeo produzido pela TV CN: Papa abençoa imagem de São Maron