Muitas pessoas se dizem verdadeiras. Até mesmo batem no peito e dizem: “Comigo é assim mesmo, eu falo sempre a verdade, doa a quem doer”. Só que muitas vezes, pra não dizer que sempre, este tipo de verdade mais fere que liberta; causa em quem fala a sensação de ser “o todo poderoso”, o forte, o bom. E causa em quem ouve, a sensação de fracasso, de frustração, de humilhação…
No episódio em que Jesus se encontra com a mulher samaritana descrito no evangelho de São João, capítulo 4 versículos de 1 a 18, Jesus não omite a verdade àquela mulher de vida errada, mas a verdade é levada a ela com Caridade. Jesus, sabendo como era a vida dela, primeiramente se aproxima, mesmo sendo ela uma samaritana (os Samaritanos eram inimigos dos Judeus). Depois, Ele provoca uma conversa, sem medo de se expor à críticas dos que o vissem com aquela mulher. Quando ela é “conquistada” pela Caridade, é que Jesus toca na ferida: “Ele disse: Vai chamar teu marido e volta aqui. Eu não tenho marido, disse a mulher. Ao que Jesus retrucou; disseste bem que não tens marido. De fato, tiveste cinco maridos e o que tens agora não é teu. Nisto falaste a verdade” ( Jô 4, 16-18).
Alguém que se diz verdadeiro, poderia ter estragado tudo, acusando e condenando em nome da verdade aquela mulher. Jesus não passou a mão na cabeça dela, ao contrário, foi firme mas com caridade. Além disso, valorizou aquela mulher mesmo com sua vida errada, quando disse a ela: “nisto falaste a verdade”. Diante da verdade que era o pecado daquela mulher, Jesus viu a sinceridade dela.
De fato, a verdade precisa ser proclamada, a verdade liberta, mas verdade só é verdade ao método de Jesus: Com caridade!
Ouça o podcast: “Mais que auto-ajuda, ajuda que vem do ALTO!”
Edson Oliveira
Comunidade Canção Nova
.: Veja também: O que é a verdade?