A pílula contraceptiva age de três maneiras sobre o sistema reprodutor da mulher, a fim de prevenir nascimentos:
- Interferindo com o mecanismo ovulatório, a pílula produz efeito esterilizante-maior a dosagem, maior o efeito.
- Agindo nas criptas S e P da cérvix, a pílula altera o muco causando a redução da vitalidade do esperma inibindo sua progressão.
- Agindo no endométrio, a pílula o torna impróprio para a implantação do embrião, causando um aborto.
É possível verificar estes efeitos durante algum tempo após a cessação do uso da pílula, quando se levar em conta estas ações da pílula e se estudar as observações no registro da mulher. No registro pode-se ver:
- Após o ápice, pode haver fase lútea curta indicando ovulação inadequada e infertilidade.
- Ausência do padrão fértil do muco em mudança ou padrão fértil, desordenado, indicando ovulação inadequada e/ ou produção de muco inadequado.
- Um padrão de muco sem mudança (PB de I) mesmo em presença da ovulação, como definida pelo indicador hormonal.
- Fluxo menstrual pobre após ovulação.
- Sangramento irregular pré- ovulatório.Aos poucos, em tempo variável(meses ou anos) após cessação do uso da pílula, sinais de recuperação podem ser observados pelo alongamento da fase lútea e o padrão de muco em mudança com características férteis e um ápice bem definido.
- Sucesso em conseguir uma gravidez é o sinal derradeiro do retorno à saúde reprodutiva.
É importante a recomendação de usar vitaminas durante e após o uso de pílulas contraceptivas. A deficiência do ácido fólico tem sido responsabilizada pelos defeitos do tubo neural no feto- anencefalia, espinha bífida e meningocele.
Fonte:Ensinando o método de ovulação Billings – Evelyn L. Billings- John J. Billings