Onde estava a multidão que aclamou Jesus no dia em que foi condenado sob Pôncio Pilatos, porque permaneceu em silêncio e por que Jesus sendo Deus não reagiu? Em Jerusalém o lugar onde Jesus foi condenado à morte e flagelado, nos ajuda a encontrar a resposta.
Aqui no tempo de Jesus estava a Fortaleza Antonia, uma construção feita pelo rei Herodes para proteger o Templo. Neste ambiente Jesus foi julgado por Poncio Pilatos e condenado a morte pelas autoridades judaicas. Uma pergunta surge quando contemplamos este acontecimento: onde estava a multidão que dias antes o aclamou como o Messias, por quê ela não o defendeu? Por que permaneceu em silêncio?
Imagine você desde pequeno sendo educado em uma mentalidade onde se dizia que o Messias seria imbatível, ninguém o venceria, ou seja nenhum homem e nenhuma força militar presente no mundo. A multidão que o reconhecia como o Messias, certamente esperava que ele manifestaria sua força para vencer seus inimigos, caso não o fizesse seria mais uma decepção de ver mais um falso messias sendo executado. Na história de Israel já foram registrados dezenas de falsos messias.
Neste ambiente que carrega consigo o silêncio de Jesus e da multidão que nele acreditava, há um ensinamento discreto e profundo: o silêncio de Deus não é passivo e sim ativo, aos olhos dos homens parece uma negação do seu poder, porém aí reside toda a sua onipotência. Ele não escolheu o barulho, mas os detalhes de cada circunstância para realizar seu plano de Salvação; enquanto aparentemente ele descepcionava, na verdade ele estava indo além das espectavivas mais profundas daqueles que nele confiavam.
No local da antiga fortaleza há uma pequena capela dedicada a Flagelação de Jesus. Nesta manhã foi celebrada a Santa Missa em preparação para o Tríduo Pascal com o “Canto da Paixão”. Na capela estavam muitos sacerdotes franciscanos, alguns religiosos, pessoas de Jerusalém e poucos peregrinos. Pe Artêmio Vítores OFM, vigário da Custódia da Terra Santa foi quem presidiu.