Alta Galileia, a três quilômetros da fronteira com o Líbano. A pequena vila de Kafr Bar’am foi o lugar de refúgio de cristãos maronitas que vieram, principalmente, do norte do Líbano. Deixaram o país devido às guerras, difíceis condições de vida e perseguições durante o domínio otomano. Inicialmente, eram simples trabalhadores. Progressivamente, compraram terras e conseguiram se estabelecer na região.
Atualmente, a localidade pertence ao Parque Nacional de Israel e contém ruínas de uma antiga sinagoga. Sua suntuosa estrutura indica que ali viveu uma próspera comunidade judaica no quarto e quinto séculos da era cristã. Entretanto, há relatos que ali viviam judeus adeptos do judaísmo e outros convertidos ao cristianismo, existindo uma sinagoga de cada grupo.
Em meados do século XX, a história do lugar teve sua rota modificada. Em 1948, os árabes ali residentes foram obrigados a se refugiarem em cidades vizinhas, como Jish ou até mesmo no Líbano, por razões de segurança. Diversas famílias tiveram as casas destruídas, ficaram separadas e muitas foram as tentativas de retornar a Kafr Bar’am. Contudo, isto nunca foi permitido.
Em meios aos destroços, os resquícios da aldeia maronita de Bar’am, com uma igreja que continua sendo o centro espiritual dessa comunidade. Memória de seus moradores e a tradição cristã ainda conservadas.