Em cada estação da Via Sacra, muitos são os sentimentos e emoções que brotam. É possível não somente recordar, mas também unir a própria vida ao caminho de Cristo até a Cruz.
Às sextas-feiras, tradicionalmente, os franciscanos da Custódia da Terra Santa rezam a Via-Sacra em diferentes idiomas, no mesmo trajeto onde, segundo a tradição, Jesus seguiu até ao Calvário, localizado hoje dentro da Basílica do Santo Sepulcro.
Uma devoção que se desenvolveu a partir do século XIII, quando os franciscanos começaram a guiar peregrinos oriundos do ocidente.
Estes outros episódios não descritos nos Evangelhos tem como referência a tradição construída em Jerusalém, como, por exemplo, o encontro de Jesus com Verônica e a queda por três vezes. E o formato atual de 14 estações da Via Dolorosa foi construído, no decorrer dos séculos, com a presença dos franciscanos na Cidade Santa.
O ponto de partida, onde seria o pretório de Pilatos, na Fortaleza Antônia, é hoje uma escola mulçumana, vizinha ao Convento da Flagelação. A primeira estação, a da condenação de Jesus, está a cerca de 600 metros do Santo Sepulcro.
O percurso acontece dentro da Cidade Velha, no local por onde Jesus provavelmente passou em meio à multidão que o observava com curiosidade ou ainda havia aqueles que desejavam a sua morte.
De Jerusalém para o mundo. A devoção se expandiu mais consideravelmente a partir da Itália com a atuação do franciscano São Leonardo de Porto Maurício, no século XVIII, em sua missões populares em diversas cidades italianas.
Hoje em dia, a Via-sacra é intensamente realizada, de modo especial, no período da Quaresma. Contudo, para quem vem à Terra Santa a experiência de seguir os passos de Cristo até o Calvário é ainda mais profundo.