Quem sou eu? Essa é uma pergunta presente em muitas fases da vida de cada pessoa humana. Dunga e os peregrinos que o acompanham durante esta semana aqui na Terra Santa, caminhando hoje em vários locais por onde Jesus esteve com seus discípulos, encontraram a resposta.
Logo ao amanher, todos se encontram no topo do Monte das Oliveiras, ali a vista é maravilhosa, se pode ver toda a cidade antiga de Jerusalém, era o local predileto de Jesus onde se reunia com seus discípulos para instruí-los e também rezar. Para Dunga, Jesus era um homem orante e isso levava os apóstolos a querer ser como ele, foi a partir daí, no local conhecido como a Igreja do Pai Nosso, que eles começaram a rezar o Pai Nosso, ensinado pelo Mestre. A oração foi uma revolução, pois os judeus não ousavam se relacionar com Deus como Pai.
Em seguida, a pé, os peregrinos seguem os passos de Jesus no Domingo de Ramos, descendo o Monte das Oliveiras; param como ele, no lugar conhecido como Dominus Flevit (o Senhor Chorou) e seguem caminho até os pés do monte que no tempo de Jesus era o Getsêmani. Foi aqui que Jesus suou “como que sangue”, onde orou ao Pai “seja feita a tua vontade e não a minha”, onde também Judas o traiu com um beijo.
Na capela da Traição, Padre José Claúdio da Obra de Maria, falou a respeito da Santidade: “Todo batizado pode ser santo, a santidade como dizia Santa Terezinha é uma continuação do meu batismo, sendo assim podemos ser santos em qualquer lugar, em casa, no trabalho, sendo casado, padre, solteiro etc… A Santidade consiste em ser Cristão 24 horas no meu dia”.
Ser um seguidor de Jesus, não requer pessoas sem fraqueza, essa será sempre um aspecto da vida de cada homem. Pedro demonstrou isso na “Igreja do Galicantu”; aqui era a casa do Sumo Sacerdote Caifás. Foi no pátio dessa casa que Pedro negou Jesus três vezes e o galo cantou, como Jesus havia dito. O “olhar de Jesus” após ver o que Pedro fez, não o levou ao desespero como Judas que se enforcou, mas o levou ao arrependimento. Pedro se sentiu tão amado ao ver no olhar de seu mestre não a condenação, mas a misericórdia que ali mesmo chorou amargamente.
A peregrinação, nesta quinta-feira, encerrou-se no Cenáculo. Dunga e os peregrinos clamam o Espírito Santo, o mesmo que ali no dia de Pentecostes, transformou os corações dos discípulos e os levou a ser o que eram, cristãos, e agir como Cristo a partir de então.