Pe José Augusto da Comunidade Canção Nova, juntamente com um grupo de 50 peregrinos brasileiros percorreram entre os dias 15 a 21 de Novembro os principais lugares por onde Jesus passou, da sua encarnação em Nazaré à sua Ressurreição e subida ao céu em Jerusalém.
Nesta quinta-feira, ele estará conduzindo um outro grupo com mais de 100 pessoas vindas de diversos estados do Brasil, pelo mesmo trajeto percorrido pelo Salvador do mundo, pela Virgem Maria, pelos apóstolos e profetas.
Segue um trecho da homilia que ele fez estando nesta última segunda-feira, dia 12, na Basílica da Natividade em Belém.
“Quando eu chego aqui em Belém, tudo se cala dentro de mim, por isso quando eu estive na gruta onde Jesus nasceu eu fiquei calado. Não se precisa de muitos comentários aqui em Belém, porque aqui está a pobreza.
Muitas vezes quando olhamos para Belém, nos lembramos do natal. O menino não tinha um lugar para nascer, daí olhamos Jesus como pobre, mas não é ele que é pobre, somos nós os pobres.
Veja que situação lastimável estava o mundo que não teve nem um lugar para receber o Rei dos Reis, o Senhor do Universo. A pobreza é nossa!
No livro do Gênesis vemos que havia um jardim da felicidade. Com o pecado a escuridão entrou no mundo, entrou a morte, entrou a tristeza, mas Deus nos colocou no mundo para vivermos na alegria.
Na palavra de Deus vamos ver: “um Filho nos foi dado”. O Filho de Deus nos foi dado para quê? Para que a felicidade que nós perdemos lá no jardim da felicidade, ela voltasse para nós novamente, para que as trevas que estavam dominando este mundo fossem discipadas. Só a luz pode tirar as trevas, e ele é a luz, a esperança de Israel.
Israel esperava ansiosamente este dia, por este dia que estamos celebrando hoje. Hoje nós estamos na noite de natal. Veja na noite a luz chegou. Na escuridão de tua alma, ou na escuridão de qualquer coisa que você esteja vivendo, saiba que na noite a luz chegou. A esperança nasce no silêncio de uma noite, para que toda noite seja discipada do nosso meio.
Jesus ele não faz algazarra, nem alarido, nem gritaria. Ele chega no silêncio. Deus é assim “não vos inquieteis com nada”, para quê? Para que a esperança do povo que estava se discipando pudesse crescer novamente.
Jesus veio por causa de Bartimeu. Nós passamos por Jericó, olha a pobreza do cego, não pode enxergar nada, nasce sem ver, quer ver as coisas e não pode enxergar!
Mas a esperança que nasceu em Belém quando estava passando por aquele lugar, fez com que Bartimeu gritasse: Esperança tem piedade de mim, porque já perdi a minha esperança, eu já não tenho mais com quem contar, vem Esperança! Vem arrancar esta pobreza da minha vida! O evangelho vai narrar que os discípulos e outras pessoas não deixavam ele encontrar-se com o mestre. Aí ele gritou com mais força, porque a Esperança veio para isso, ele veio para arrancar toda a cegueira de todos nós. Ele nasceu aqui para isso, para retirar toda a cegueira de todos nós.
A Esperança passou e fez uma pergunta para Bartimeu: o que tu queres? Ele respondeu: eu quero enxergar! E o cego enxergou. A Esperança veio para ele, a sua alegria voltou.
O Natal é isso, é alegria!
Para quem não tem paz no coração e quem pensa que não terá paz, saiba que a esperança nasceu aqui em Belém.
Aqueles que aceitaram Jesus em sua vida não tem motivo para ficar sem esperança .
Não perca a esperança! A Esperança está no meio de nós, não podemos permitir que nada nos tire a paz.
Quando você voltar para o Brasil, você poderá dizer: eu estive no lugar onde Deus nasceu, não é mentira não, eu vi a gruta onde ele nasceu! E a partir daquele dia as situações difícieis da minha vida tem acontecido, mas eu jamais irei perder a esperança, porque a esperança está no meio de nós.
O Deus do céu veio trazer a paz, só não tem paz, só não tem alegria quem não acolhe a Esperança”.