Segunda fase das obras no Santo Sepulcro

Já está em andamento o percurso que levará, nos anos que vêm, novas obras de restauração dentro da Basílica do Santo Sepulcro de Jerusalém. Depois da intervenção na Edícula, concluída em 2016, a atenção vai agora para seus alicerces e o chão que a rodeia. Uma intervenção delicada, que requer uma atenta fase de estudo preliminar sobre a condição atual do lugar, antes de se proceder à redação de um projeto executivo: ambos vão ficar por conta da Fundação Centro para a Conservação e a Restauração dos Bens Culturais “La Venaria Reale” de Turim em colaboração com o Departamento de Ciências da Antiguidade da Universidade “La Sapienza” de Roma. Assinou-se nos últimos dias um acordo quadro entre as duas instituições acadêmicas italianas e a Custódia da Terra Santa.

STEFANO TRUCCO – Presidente Fundação Centro Conservação Restauração “La Venaria Reale” – Turim

“Realizaremos muitas coisas, a partir da própria restauração das pedras, até às investigações eventualmente arqueológicas e à reproposição de eventuais falhas.”

Prof. GIORGIO PIRAS – Diretor Departamento de Ciência da Antiguidade – Universidade de Roma “La Sapienza”

“Estamos muito felizes por podermos dar a oportunidade aos nossos estudantes, estudiosos avançados e jovens, de trabalhar num lugar tão importante.”

A obra vai envolver estudiosos com diferentes perfis, que precisarão dialogar constantemente com as três Comunidades Cristãs que custodiam o Santo Sepulcro e são responsáveis pelo Status Quo que se encontra no interior.

Fr. FRANCESCO PATTON, ofm – Custódio da Terra Santa

“Vai ficar por nossa conta procurar ajudar a organização científica inteira a considerar as exigências das Igrejas e dos peregrinos. Além disso podemos dizer que como Custódia também colocaremos à disposição o que a Custódia já fez em termos de estudo. Em todo caso, precisamos garantir a abertura do Sepulcro e sua acessibilidade aos peregrinos.”

É precisamente por isso que a maior parte do estudo no lugar deverá se realizar à noite. O objetivo será entender como impostar da melhor maneira a restauração de uma obra muito delicada, que tem 2000 anos de história, dentro da qual já foram realizadas muitas intervenções que se estratificaram ao longo dos séculos. Após o estudo deverá ser redigido um projeto executivo, no qual poderão se basear as obras futuras.

STEFANO TRUCCO

“Não tem duvida de que é algo único no mundo. Vamos em frente, passo após passo, até apresentarmos o projeto final – que formará objeto de um concurso público para ajudicação – daqui a un ano.”