O Propósito de Deus na vida da Rainha Ester

De onde vem o propósito de vida de uma pessoa, vem do mero acaso, como se fosse sorte, ou vem de um chamado de Deus, assinando para cada um de nós, a nos guiar.  Ao pensar em cada um de nós, Deus nos deu uma missão; a de o glorificarmos com a nossa vida. Muito se fala da história de Hadassa, uma pequena judia que se tornou rainha no lugar de Vasti, ou melhor, Deus fez Ester rainha no lugar de Vasti, por causa da missão de salvar o povo judeu da aniquilação, ou seja, Deus providenciou o socorro para Israel, que estava condenada à morte. Tudo isso aconteceu, pelo fato que um homem chamado Hamã obteve destaque na corte de Assuero, ou seja, o rei  Assuero o nomeou primeiro-ministro, esta nomeação, fazia de Hamã seu principal conselheiro e o segundo homem mais poderoso do seu império.

O rei até decretou, que quem visse Hamã, o alto funcionário real, deveria se curvar diante dele. Mas para Mardoqueu, essa lei era um dilema, pois ele sabia que devia obedecer ao rei, porém só quando isso não envolvesse desobedecer a Deus. O problema é que Hamã era agagita, isto é, ele era descendente de Agague, o rei amalequita executado pelo profeta Samuel. Os amalequitas eram tão maus que se declararam inimigos do povo de Deus, consequentemente, inimigos de Deus. Como povo, estes, eram condenados por Deus.

Diante deste contexto, Mardoqueu se questionava, como é que um judeu fiel poderia se curvar diante de um amalequita, certamente, o mesmo nunca faria isso. E de fato, ele manteve sua crença e nunca o fez. Até hoje, homens e mulheres de fé têm arriscado a vida para cumprir o princípio, de se obedecer e ser fiel a Deus, mais que aos homens, podemos refletir tal realidade na vida dos cristãos que são mortos na Síria, por não se converterem ao islamismo, ou seja, ainda existem homens que preferem morrer ao trair a sua fé.  

Hamã vendo que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, ele se encheu de furor, contudo deteve a ideia de seus propósitos de pôr as mãos só em Mardoqueu, como ele sabia a qual povo Mardoqueu pertencia, Hamã procurou destruir a todos os judeus, o povo de Mardoqueu, que havia em todo o reino de Assuero. Este fato, parece ser  evidentemente uma loucura,  o fato de Hamã querer destruir toda uma nação por causa de um homem que não se curvou diante dele, diante deste fato, somos convidados a termos uma percepção do sobrenatural deste fato, uma vez que o grande reino de Assuero, no qual Hamã era o segundo homem mais importante, se estendia da Índia até Etiópia, diante deste contexto, podemos entender que nenhum Judeu sobreviveria se Hamã cumprisse suas ameaças, e se isto acontecesse, como é que nasceria o Cristo, uma vez que Deus tinha prometido inicialmente à Abraão e a Davi, que de seu povo sairia o Cristo.

Podemos concluir que o plano de Hamã não era apenas uma maldade humana, mas sim algo diábolico, fica muito claro que era o mal atuando por meio de Hamã, tentando anular a vinda do Cristo, para que assim a salvação não entrasse no mundo. Entendamos, que Hamã (Amã) é a caricatura do mal, pois planeja a aniquilação do povo judeu, e ainda manipula o rei a apoiá-lo em seus planos diabólicos.

Relata o livro:

Decreto de extermínio dos judeus – No duodécimo ano de Assuero, no primeiro mês, que é o mês de Nisã, sob os olhos de Amã, lançou-se o “Pur” (isto é, as sortes), por dia e por mês. A sorte caiu no décimo segundo mês, que é Adar. Amã disse ao rei assuero: “No meio dos povos, em todas as províncias de teu reino, está espalhado um povo à parte. Suas leis não se parecem com as de nenhum outro e as leis reais são para eles letra morta. Os interesses do rei não permitem deixá-lo tranquilo. Que se decrete, pois, sua morte, se bem parecer ao rei, e versarei aos seus funcionários, na conta do Tesouro Real, dez mil talentos de prata.” O rei tirou então o seu anel da mão e o deu a Amã, filho de Amadates, do país de Agag, perseguidor dos judeus, e lhe disse: “Conserva teu dinheiro. Quanto a este povo, é teu: faze dele o que quiseres!”  Dirigiu-se, pois, uma convocação aos escribas reais para o dia treze do primeiro mês, e escreveu-se tudo o que Amã ordenara aos sátrapas do rei, aos governadores de cada província e a língua de cada povo. O rescrito foi assinado em nome de Assuero e selado com seu anel. Através de correios, foram enviadas a todas as províncias do reino cartas mandando destruir, matar e exterminar todos os judeus, desde os adolescentes até os velhos, inclusive crianças e mulheres, num só dia, no dia treze do décimo segundo mês, que é Adar, e mandando confiscar os seus bens. (Ester 3, 7-13)

Confira o que estava escrito no decreto de extermínio, segundo a Bíblia de Jerusalém:

“ O grande Rei  Assuero, aos governadores das cento e vinte e sete províncias que vão da Índia à Etiópia, e aos chefes de distrito, seus subordinados: colocado na chefia de inúmeros povos e como senhor de toda a terra, eu me propus não me deixar embriagar pelo orgulho do poder e sempre torgar a meus subordinados o perfeito gozo de uma existência sem sobressaltos, e já que meu reino oferece os benefícios da civilização e a livre circulação entre suas fronteiras, nele instaurar o objeto do desejo universal, que é a paz. Ora, tendo ouvido meu conselho sobre os meios de atingir esse fim, um dos meus conselheiros, cuja sabedoria entre nós é eminente, dando provas de indefectível devotamento e inquebrantável fidelidade, e cujas prerrogativas vêm imediatamente após as nossas, Amã denunciou-nos, misturado a todos as tribos do mundo, um povo mal-intencionado, em oposição, por suas leis, a todas as nações, e constantemente desprezando as ordens reais, a ponto de ser um obstáculo ao governo que exercemos para a satisfação geral. Considerando, pois, que o referido povo, único em seu gênero, acha-se sob todos os aspectos em conflito com toda a humanidade; que dela difere por um regime de leis estranhas; que é hostil aos nossos interesses e que comete os piores delitos, chegando a ameaçar a estabilidade de nosso reino: por esses motivos, ordenamos que todas as pessoas que vos forem assinaladas nas cartas de Amã, preposto às tarefas de nossos interesses e para nós um segundo pai, sejam   radicalmente exterminadas, inclusive mulheres e crianças, pela espada de seus inimigos, sem piedade ou consideração alguma, no décimo quarto dia do décimo segundo mês, isto é, Adar, do presente ano, a fim de que , uma vez lançados esses opositores de hoje e de ontem no Hades num só dia, sejam asseguradas doravante ao Estado estabilidade e tranquilidade.” (Ester 3, 13 )

Ao lermos este decreto, nos deparamos com as más inclinações da natureza humana.O orgulho, a arrogância e o autoritarismo, que se apresentam de formas tão naturais em algumas pessoas, como más inclinações, aqui chegam ao ponto extremo, transformando-se em ódio a ponto de haver todo um trabalho arquitetado para atingir o objeto de seu ódio: matar o povo judeu, a raça eleita. Neste ponto, podemos nos questionarmos: “Por que os judeus são tão odiados no decorrer dos tempos chegando isso até o Nazismo na Segunda Guerra Mundial?” 

O fato é que este foi um decreto diábolicos, com objetivo de acabar com o projeto de Deus de salvar toda a humanidade, por meio do seu Filho Jesus. Este decreto que havia ordens reais de ser espalhado pelo reinado de Xerxes, espalhou confusão e o medo entre os judeus do  reino e burburinhos e ansiedade por parte de muitos, que discretamente também desejavam que o dia do extermínio chegasse e que os judeus finalmente fossem mortos! Muitos receberam aquele decreto com alegria e júbilo, já outros com medo e pavor. Para os judeus o sofrimento de ver que a cada dia que passava eles teoricamente teriam um dia a menos de vida, os deixavam desesperados.

Ainda hoje, muitos planos são rigorosamente feitos e detalhados no inferno para que todos possamos morrer os cristãos possam morrer se não no corpo, na alma… E em meio a tudo isso decretos de morte com a data marcada são emitidos nos tribunais infernais contra os servos do Senhor, seja a ruína do teu matrimônio, da vida do teu filho(a), teus pais, parentes, amigos ou até mesmo a tua. Não podemos perder de vista que a nossa luta é contra as forças malignas e não contra o próximo que pode estar sendo influenciado pela maldade em sua natureza ou pelo próprio maligno. O adversário marcou o dia em que ele gostaria de nos matar e até já preparou o plano e cuidadosamente posicionou as pessoas que serão utilizadas para que isso ocorra, mas eu tenho um segredo para te falar, que já fora dito por São Miguel Arcanjo em lutas passadas tão atuais: Quem como Deus?

Diante de uma guerra, algo precisa ser feito. É necessária uma intervenção direta na fonte, que era o rei Xerxes, por meio de Deus que é o todo Poderoso, o Onisciente e o Soberano.


 

Missionária da Comunidade Canção Nova

Huanna Cruz