Ganhar asas para concretizar sonhos, buscar pelas vitórias, ser bem sucedido, quem é que não deseja por essas realizações? Mas ninguém será capaz de chegar pela vitória, sem antes passar pela luta. Ninguém será capaz de superar obstáculos e construir voos bem sucedidos, sem antes aprender a conquistar a liberdade dentro de si, a curar as raízes da sua história.
De nada adianta estarmos perfeitamente belos por fora, se dentro de nós há uma confusão, um vazio. Não há realidade exterior que traga paz, contentamento, se há coisas não resolvidas dentro de nós. Quem não tem liberdade interior, ainda que tenha tudo, será um eterno fugitivo de si e de suas feridas, e não encontrará uma autêntica realização.
Buscando a liberdade interior
A liberdade interior é como um trabalho artesanal, minucioso, requer tempo, cuidado e zelo com os detalhes. O instrumento de trabalho é a alma, na qual o artista precisará fazer com que ela compreenda o acervo de experiências que compõem a sua trajetória, direcionando cada realidade para a beleza e a dureza da verdade que a pode libertar. Sem liberdade interior ninguém consegue ser aquilo para qual foi verdadeiramente criado e nem conseguirá desenvolver todos os seus talentos.
Quando não conseguimos curar as feridas da nossa história, nos tornamos reféns da prisão do medo. Fechamos o nosso coração, desperdiçamos a vida e suas inúmeras possibilidades, somos levados facilmente por opiniões alheias, encenando inúmeros papéis em uma insaciável busca do próprio coração. Nessa caminhada de se preencher, vamos vivendo uma vida de ilusão, incoerência, que aprisiona e gera continua frustração.
Certa vez, o poeta Fernando Pessoa disse: “Precisei mudar tanto para me tornar eu mesmo”. Nem sempre agimos segundo o que realmente somos nem decidimos a partir da verdade de nosso próprio coração. Em muitas circunstancias as feridas e as experiências negativas que nos atingem, nos impõem uma forma de ser aquilo que não condiz com a nossa realidade e verdades mais profundas. É uma forma que encontramos apenas para “sobreviver” e que acabam abafando os nossos inúmeros entulhos, o nosso verdadeiro “ser”.
Só seremos libertos, se declararmos guerra àquilo que nos acorrenta interiormente e nos afasta da nossa genuína essência. Durante esse percurso, precisaremos romper com os rótulos e máscaras que os outros e nós mesmo construímos, declarando uma verdadeira luta por nossa independência interior. Essa conquista só será possível, se soubermos transformar as raízes mais profundas na nossa história, curando as feridas, dando novo significado ao sofrimento e alcançando profundidade.
“Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses” (Rubem Alves). Não evitemos as transformações que em nossa história precisam acontecer e nos permitamos renovar nossa mentalidade, escolhas e comportamentos. Só conseguirá viver este exigente, porém fecundo processo de crescimento, aquele que se permitir metamorfosear, abrindo mão de um nocivo modo de ser para receber uma nova forma de viver e conceber a vida, com tudo o que ela tem a oferecer.
(Trechos extraídos do livro “Conquistando a liberdade interior – curar as raízes da própria história, Pe. Adriano Zandoná).
Convidamos você a participar do encontro de cura interior, com o tema: “É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou” (Gl 5,1), buscando as raízes profundas e alcançando a liberdade interior. Será realizado nos dias 30 de abril a partir das 14h e dia 01 de maio, ás 08h. Presença dos missionários da Comunidade Canção Nova, Pe. Adriano Zandoná e Juliana de Paula, Membro da Renovação Carismática Católica de Belo Horizonte, Marilza Valetim. O encontro será realizado na Escola Municipal Professora Isaura Santos (Rua Hoffman, 80 – Barreiro de Cima, Belo Horizonte). A entrada é gratuita.
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