O primeiro presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Salvatore Fisichella, explica em detalhes a missão do novo organismo do Vaticano no artigo “Nova evangelização: não fórmula abstrata, mas forte pensamento”, publicado no jornal oficial L’Osservatore Romano.
“O Evangelho não é um mito, mas o testemunho vivo de um evento histórico que mudou o rosto da história. A nova evangelização deve fazer conhecer, antes de tudo, a pessoa histórica de Jesus, e o seu ensinamento como foi fielmente transmitido pelas comunidades primitivas e que encontra nos Evangelhos e nos escritos do Novo Testamento a sua codificação normativa”, afirma.
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.: Nova evangelização: não fórmula abstrata, mas forte pensamento
.: Trechos da Carta Apostólica Ubicumque et semper
O documento através do qual Bento XVI instituiu oficialmente o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização – a Carta Apostólica Ubicumque et semper – foi divulgado na última terça-feira, 12, durante coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé. A missão principal é a de promover uma renovada evangelização nos países onde já ressoou o primeiro anúncio da fé e buscar meios adequados para propor novamente a perene verdade do Evangelho.
“Vivemos um tempo de grandes desafios, que incidem especialmente nos comportamentos de gerações inteiras, devido ao fato da conclusão de uma época com o ingresso em uma nova fase para a história da humanidade”, indica o prelado italiano.
Nesse contexto, “a falta de consciência dos conteúdos básicos da fé leva, inevitavelmente, a assumir comportamentos e formas de juízo moral muitas vezes em contraste com a essência mesma da fé, assim como foi sempre anunciada e vivida ao longo dos vinte séculos da nossa história”, complementa.
Um dos motivos que levou o Papa a criar o novo dicastério vaticano foi o desejo de oferecer uma espécie de antídoto à tendência contemporânea de viver como se Deus não existisse.
“A Igreja, portanto, é chamada a revigorar a si mesma naquilo que tem de mais essencial, que é o anúncio missionário”.
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Frentes de atuação
Dom Fisichella adverte que a “nova evangelização” não deve ser entendida como um conceito abstrato, mas precisa ser preenchida de conteúdo teológico e pastoral, de acordo com o magistério desenvolvido pela Igreja nos últimos anos.
Ao mesmo tempo, explica que não é uma fórmula igual para todas as circunstâncias: “deve ser capaz de verificar com atenção as diferentes tradições e objetivos que as Igrejas possuem devido à riqueza de tantos séculos de história. Uma pluralidade de formas que não prejudica a unidade, mas a torna mais articulada e permite a devida eficácia junto aos nossos contemporâneos”.
As ações desenvolvidas ao longo dos últimos anos pelas Igrejas particulares, as Conferências episcopais e associações de fiéis também serão aproveitadas.
Por fim, promover o uso do Catecismo da Igreja Católica e tornar os progressos das ciências da comunicação “instrumentos positivos a serviço da nova evangelização” também são focos da missão do mais novo dicastério vaticano.
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