“A paciência é a virtude daqueles que dependem dessa presença na história, que não se deixam vencer pela tentação de colocar todas as esperanças num futuro imediato, numa perspectiva meramente horizontal, em projetos tecnicamente perfeitos, mas longes da realidade mais profunda, aquela que dá a dignidade mais alta à pessoa humana: a dimensão transcendente, o ser criatura à imagem e semelhança de Deus, o levar no coração o desejo de elevar-se a Ele.” (Homília de Bento XVI aos Universitários, 2011)

Nesta sociedade imediatista, Deus se torna uma utopia no coração das pessoas. As mesmas vivem sem esperanças, sem expectativas de vida eterna. Por isso, vivem tristes e depressivas, se escondendo atrás de remédios, alcool e drogas.

Irmão e irmãs sejam vigilantes e pacientes. Não percamos esta certeza da vinda do Senhor. Do Deus que revela seu rosto àqueles que o procuram. Não deixemo-nos ser levados pela forte “correnteza’ da sociedade.

Sou sincero e transparente em manifestar um pouco de tristeza de presenciar na minhas últimas férias, o esfriamento da fé de pessoas que foram exemplos para mim. Muitos até relativizando a fé, vivendo a seu bel prazer a sua religião. Sei que não posso condenar ninguém, pois  a correnteza imposta pelo mundo é muito intensa, quase um “tsunami” sobre todos. E quem está de pé cuidado para não cair…

Mas amigos, não desanimemos, permaneçamos firmes e tenhamos paciência. Deus vê nossas lutas para se manter firmes e pacientes nesta espera.

“Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor” (Tg 5, 7)

“Meu filho, nada faças sem conselho, e não te arrependerás depois de teres agido.” (Eclo 32,24)

Não devemos tomar grandes decisões sozinhos nos momentos de crises. Fazer isto é como correr com um carro sem freio a 150 km/h em uma estrada com densa neblina. A pessoa dirige o carro sem saber o que vem pela frente, isto é loucura…

Assim, espere abaixar neblina deste momento difícil. Somente assim, você conseguirá ter mais visão e tomará decisões com coerência e sabedoria. Agora se realmente a decisão tem que ser tomada agora, não decida só, procure a ajuda de alguém que te ajude a enxergar além de seus limites.

Em alguns carros de empresas lemos esta frase acima. Hoje me faço a mesma pergunta. Como estou dirigindo?

Às vezes quando estou dirigindo e acontece algo no trânsito que me desagrada, me vem uma vontade de xingar e soltar alguns palavrões. Porém, como cristão, tenho que ser o primeiro a dar testemunho e resposta diferentes neste mundo em todas as situações.

De um modo especial no trânsito, devo deixar passar o que passa. Se alguém me deu uma “fechada”, me deu uma “buzinada” e etc. Devo contar até dez, bem devagarinho, ir engolindo os palavrões, maldições, maledicências, deixa o sujeito passar, ir embora e seguir o meu caminho…

Sou o primeiro que deve viver tudo isto que escrevi…

Dá-me têmpera, Senhor! Amém…


Ao viver em comunidade temos certas dificuldades com os irmãos que são mais estabanados, atrapalhados ou aqueles que são mais “lentos”.

Mas aí está um detalhe importante da vida fraterna que é saber respeitar o limite de cada pessoa. Cada um tem o seu ritmo, o seu jeito de ser.

Devemos até ajudar e incentivar o crescimento do irmão. Porém, não devemos atropelar a pessoa com nossa “ignorância”. Todos os dons passarão, no fim só restará o amor.

Por isso, aprendamos a amar e ter paciência para com todos.