Justiça significa respeito à igualdade de todos os cidadãos.
E encontramos nas bem aventuranças o cerne da pregação das promessas de Jesus.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Mt 5,12a
Quando fazemos a experiência de conversão, mudamos de vida a ponto de deixar tudo para seguir o Senhor.
Deparamo-nos com a história de Paulo de Tarso que dedicava a sua vida perseguindo os discípulos e após ter uma experiência com Jesus, inicia a missão de pregar o Cristianismo.
Diante da transformação de vida, encontramos no anuncio de Cristo a resposta para a nossa sede de justiça.
Nossos olhos de abrem de uma forma nova, onde somos livres para dar qualquer resposta, mas por causa de um chamado optamos em viver com coerência. Colocando em prática a coerência de viver em Cristo que faz toda a diferença.
Mas se eu vivo com coerência em meu trabalho, com minha família, Deus vai abençoar a mim e deixar o pecador?
Então eu vou conseguir tudo o que eu quero, andando segundo a vontade de Deus?
Lembre-se que, em muitas situações de pecado recebemos a benção dos justos.
A justiça de Cristo não vem mediante ao que eu faço ou deixo de realizar.
Esta é uma das promessas feita ao povo “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”.
Mas a justiça de Deus pode manifestar-se de forma diferente a humana.
Pessoas que vivem de injustiças também são tocadas pelas bênçãos de Deus.
Precisamos ir mais a fundo, quando o Pai entrega o seu único Filho para morrer, perante a justiça da cruz podemos nos revoltar. Muitos de nós não teríamos tamanha capacidade.
Podemos julgar, “como entregar o meu Filho para morrer por pecadores?”
Mas Deus vai além, pois nesta troca recebemos a vivencia do perdão e de sua amizade.
Utilizamos a justiça que vem de homens, sendo que a justiça de Deus é para todos, “pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e os injustos.” Mt 5,45
Deus foi o primeiro a viver esta justiça dando o seu Filho para morrer em nosso resgate.
Precisamos aceitar com humildade que o outro recebe de Deus. E que possamos nos libertar daquilo que eu acho que é “meu” para que o Senhor possa dar o que é “seu”.
Não podemos viver a seguinte comparação: “eu vivo com coerência, então a benção que ele tem é para mim” ou “ele vive a injustiça, então ele merece o que eu tenho”.
Precisamos aceitar com humildade o que o outro recebe de Deus. E que possamos nos libertar daquilo que eu acho que é “o meu merecimento” para que o Senhor possa dar o que é “de sua vontade”.
Com a graça de Deus chegamos a justiça maior, a do amor. Quando sentimos que recebemos mais do que merecemos, então somos levados a contribuir com esse amor.
Testemunhando para as pessoas que Deus nos dá sempre o necessário e que nada nos falta.