Vamos meditar juntos o Evangelho de MT 20,1-16a onde o patrão sai de madrugada em busca de funcionários.
Para o Judeu o dia é considerado das 6 às 18h sendo, a primeira hora do dia às 6h da manhã e a última às 18h.
O patrão encontrou os trabalhadores às 6h e disse que pagaria uma moeda de prata pelo seu trabalho. Contratou outro às 9h e disse que pagaria uma moeda de prata. Já para o outro trabalhador encontrado às 12h falou que pagaria o mesmo valor, uma moeda de prata.
Antes da última hora do dia, às 17h o patrão chamou outro trabalhador e disse que pagaria uma moeda pelo seu trabalho.
Ao final da tarde o patrão fez o pagamento a cada um dos que havia contratado.
Quando o trabalhador das 6h ficou sabendo dos horários de trabalho dos outros colegas, comparou o seu pagamento com suas horas trabalhadas.
Mas o que foi combinado pelo patrão? Uma moeda de prata, correto? Então não há questionamento.
Mas o que muitas vezes acontece em nossas vidas, é a comparação, a inveja, murmuração acaba na insatisfação. Onde o negativo torna-se um valor maior em nossas vidas.
Não encaramos o que recebemos e ganhamos como uma providencia de Deus, um dom gratuito do céu e acabamos caindo em comparações.
O Pai que é o patrão desta parábola, sabe quando um filho precisa de atenção, carinho e etc. Sabe também distinguir quando um filho precisa mais que os outros, mas o mais importante é saber que o Pai ama a todos da mesma forma.
Aqueles que são pais e mães sabem bem como é isso, mas quando aquele que é o menor, fragilizado, inseguro e que precisa mais, a disposição e a dedicação se torna maior.
Se olharmos por outra ótica, vamos questionar que se o último trabalhador não tivesse falado ou demonstrado o valor recebido, aquele que trabalhou desde às 6h da manhã não ia ter um sentimento de inveja e murmuração.
Tudo acontece da forma com que falamos e damos uma notícia, seja com má intenção ou para causar um mal estar.
Nesta parábola lidamos com dois tipos de pecado, o da inveja e o da fofoca, pois algumas pessoas não conseguem viver sem atingir de forma maldosa o seu próximo.
Por isso, saia da murmuração. Aprenda a se recolher em casa num gesto de humildade, para não querer ser contaminado com notícias e coisas que estragam o seu dia a dia.
Ao contrário, se prenda em Deus para assim purifica-se, fortificando-se com Espírito Santo e com os seus dons. Para assim corrigir fraternalmente e formando aqueles que nos rodeiam.
O convite de hoje é dar uma resposta diferente a toda murmuração.
Pois Deus é Pai de todos nós e nos confia aquilo que ele quer e da forma com que enxerga. A nossa posição é somente louvar e agradecer por tantos dons que recebemos, a partir do dia em que inicia.