Sua intimidade com Cristo

Ficando viúva, Brígida distribuiu os seus pertences, ficando somente com o necessário. Vivendo em um prédio no Mosteiro, próximo ao túmulo de seu esposo.

Ficando longe do barulho do mundo e no silêncio das meditações, Santa Brígida recebe as primeiras revelações que se prolongaram até sua morte.

Obedecendo a ordem de Cristo, ela escreve tudo que ouvia em sua língua materna.

Numa linguagem poética e ilustrada, e em parábolas, ela vê a vida confusa do seu povo, seu passado e futuro; vê as desgraças da Igreja, a vida de Jesus, a partir de Belém até o Gólgota.

Durante muito tempo, ela passou por dúvidas, ignorando, se as suas visões partissem de Deus ou do diabo.

E por vezes Santa Brígida repetia esta oração: “Meu corpo é como um jumentinho desenfreado, e minha vontade são como um pássaro selvagem. Põe freio ao jumentinho desenfreado, e segura o pássaro selvagem!”

Um dia, motivada pelas revelações, ela apareceu no conselho real e advertiu o rei. Todos riam de Brígida, em pouco tempo sua profecia se realizou.

Surgiram guerras e assassinatos, e com este acontecimento a família real desapareceu.

As visões a conduzia e motivava a fundar a Ordem do Sacrifício Salvador, transformando a antiga propriedade real em um mosteiro.

Todas as palavras ditas em visões eram escritas e registradas.

Em seguida Brígida foi à Roma para ver o Papa e o Imperador, com a intenção de pedir-lhes autorização para fundar a sua ordem.

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Chegando a Roma, Brígida assustou-se, pois haviam rebanhos de cabras apascentadas dentro e fora da Basílica de São Pedro. Nas ruas de Roma houve guerras e brigas das famílias Orsini e Colonna e por este motivo, os peregrinos ficavam em perigo constante. Neste tempo, o Papa estava residindo em Avinhão.

Vivendo as regras de sua futura ordem, visitava diariamente os túmulos dos apóstolos e mártires.

Brígida sofreu muito com o que viu. E com o decorrer do tempo, ela dirigiu várias mensagens ao Papa Clemente VI, lhe comunicando o que Deus havia ordenado, que voltasse à cidade de Roma, a cidade dos Papas. Mas o Papa não a entendeu.

Anos depois, com o Papa Urbano V regressou à Roma, reconhecendo a fundação da ordem de Brígida, a profetiza do Norte.

Uma peste matou a metade da população da Itália. Brígida se preocupou com os doentes, visitou-os nas casas, levou-os aos hospitais e realizou obras milagrosas.

No ano Jubilar de 1350, ela cuidou dos peregrinos da Suécia que foram visitar Roma. Muitos deles chegaram sem meios para sobreviver, pois estavam cansados e exaustos.