"Os dons de Deus são irrevogáveis"

Pecado

Em Gn 3,1-7 nos deparamos com a sedução da serpente para com Adão e Eva. Onde o pecado entrou na história da humanidade.

Mas antes deste fato acontecer, sabemos que fomos criados a imagem e semelhança de Deus como nos mostra em Gn 1,26.

Temos o hábito de referir-nos ao pecado da desobediência, lembrando que Adão e Eva comeram o fruto proibido.

“O pecado cria a propensão ao pecado, o vício gera a repetição dos mesmos atos” (CIC 1865), mas “os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.” Rm 11,29

O Diabo não tem o direito de nos tirar a graça da criação que o próprio Deus colocou em nossas vidas. Os nossos pecados podem nos corromper levando para o fundo do poço, temos a certeza de que ele não conseguirá atingir o nosso senso moral. (CIC 1865)

Podemos viver por impulsos, emoções e imediatismo, mas o senso moral nos leva a consciência, onde Deus nos fala diretamente e nos arrependemos dos nossos atos.

Completo com a passagem de Rm 7,19-21 que diz “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita.”

Todo o impulso que vivemos vem deste mal que não gostaríamos de viver.

Tomo como exemplo o pecado da maledicência, você pode estar querendo parar cair no pecado da murmuração, está lutando de diversas formas, com propósitos, penitencias, mas o impulso imediato de falar mal do outro é tão forte que sem perceber você já falou… mais tarde nos deparamos com o arrependimento.

Comece a fazer um filtro de tudo o que é falado passando pelo coração. Acabamos falando de pessoas que amamos, onde o nosso coração sabe que aquela pessoa não é da forma com que falamos mal.

O nosso coração nos dá clareza do que é pecado e nos mostra como as coisas são diferentes daquilo que falamos. Ele precisa estar em prontidão, com a armadura de Deus onde possamos fugir de todo o mal.

“Não fomos ensinados a fechar as portas de madeira; mas sim as portas das nossas línguas.” (Stos padres do deserto)

O Diabo não tem acesso ao nosso arrependimento e em todos os propósitos de mudança que fazemos diante de Deus.

“Deus encerra na desobediência para usar de misericórdia” (Rm 11,32) O Senhor encerra na murmuração, na fofoca, na inveja, no egoísmo… para usar de misericórdia.

Diante deste exemplo eu teria vários para expor neste texto mas estamos falando sobre a maledicência.