O 10º Mandamento
Tu não desejarás para ti a casa de teu próximo, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, qualquer coisa que pertença a teu próximo (Dt 5,21).
Dentro de nós existe um grande desejo de almejar o que é do outro. A partir de objetos como casa, carro, roupas até a mulher, marido, filhos e etc.
É uma forte tendência em cobiçar o que é do outro, sempre com o objetivo de levarmos vantagem.
Partimos do pecado do egoísmo, a pessoa que se preocupa com seu próprio interesse e conveniência, desprezado a necessidade do próximo.
O egoísta é motivado pelo interesse de sempre ganhar, transformando a sua vida em uma prisão. Submetendo e entregando o seu tempo, os seus desejos e a própria vida em troca de objetos, fama, amizades e etc.
Nesta história o profeta Natã mostra a Davi um exemplo daquilo que estamos falando.
O Senhor mandou a Davi o profeta Natã; este entrou em sua casa e disse-lhe: “Dois homens moravam na mesma cidade, um rico e outro pobre. O rico possuía ovelhas e bois em grande quantidade; o pobre, porém, só tinha uma ovelha, pequenina, que ele comprara. Ele a criava e ela crescia junto dele, com os seus filhos, comendo do seu pão, bebendo do seu copo e dormindo no seu seio; era para ele como uma filha. Certo dia chegou à casa do homem rico a visita de um estranho, e ele, não querendo tomar de suas ovelhas nem de seus bois para aprontá-los e dar de comer ao hóspede que lhe tinha chegado, foi e apoderou-se da ovelhinha do pobre, preparando-a para o seu hóspede (II Sam 12,1-4).
Este exemplo que o profeta Natã vem nos trazer é referente à ausência da caridade e um apego excessivo dos bens matérias, das coisas que são passageiras neste mundo.
“Onde está o teu tesouro, aí estará teu coração.” (Mt 6,21)
Quando entendemos que é necessário o desapego das riquezas deste mundo para entrar no Reino dos céus então seremos verdadeiramente livres e felizes. O Senhor fará a sua morada diante da abertura do nosso coração “O abandono nas mãos da Providência do Pai do Céu”. CIC 2547
Um dos frutos contrário ao egoísmo é a caridade e o CIC 1829 nos trás:
A caridade tem como frutos a alegria, a paz e a misericórdia; exige a beneficência e a correção fraterna; suscita a reciprocidade; é desinteressada e liberal; é amizade e comunhão: A finalidade de todas as nossas obras é o amor. Este é o fim; é para alcançá-lo que corremos, é para ele que corremos; uma vez chegados, é nele que repousaremos.
Peçamos ao Espírito Santo os dons para que possamos combater o egoísmo com alegria, paz e misericórdia.
Vem Espírito Santo e faz morada em nós, que a nossa única preocupação seja entrar no Reino dos Céus nos desprendendo de qualquer bem que seja da terra.
Amém!
Referência: Catecismo da Igreja Católica