O encontro com o Crucificado

Santa Brígida passou metade de sua vida em Roma, a Suécia era a sua Terra Natal, onde sempre se lembrava das montanhas, das lagoas escuras, dos campos de trigo e das florestas. Ela amava a natureza.

Brígida era a sétima filha, seu pai era o prefeito Birger esposo de Ingeborg Sigride. Ela nasceu no dia 15 de junho de 1303 no castelo de Finstad, perto de Úpsala.

Pertencia a uma família rica e aparentada aos reis, não faltando nada em sua casa.

Orgulhava de sua origem, aprendeu com seus pais a dominar seu temperamento forte.

Seu pai fez uma peregrinação a Santiago de Compostela, Jerusalém e Roma. Ele jejuava e se confessava todas as sextas-feiras sua esposa Ingeborg era uma pessoa piedosa.

Após o falecimento de sua mãe, o rumo de sua vida mudou completamente.

Em uma pregação sobre a Paixão de Cristo, Brígida comoveu-se profundamente o coração, ela tinha nove anos de idade. Passou a noite inteira ajoelhada e chorando, tremendo de frio, diante de um crucifixo.

A voz do crucificado falou para ela: “Veja, como fui maltratado!”

Brígida assustada falou: “Senhor, quem te fez isto?” Cristo respondeu: “Fizeram aqueles que rejeitaram a Mim e o meu Amor.”

Crucifixo

Na idade de quatorze anos, obedece a um pedido do seu pai, onde se casa com o conde Ulf Gudmarson, aos dezoito anos de idade. Que também era um homem religioso.

Assumiu suas obrigações de dona de casa, esposa, mãe de quatro filhos homens e quatro filhas mulheres.

Brígida passou por alegrias e sofrimentos de uma mãe, continuando a ter uma vida piedosa.

O casal pertencia a Terceira Ordem de São Francisco, eles rezavam, jejuavam e juntos faziam penitências. Construíram hospitais e alimentavam a mesa diariamente de doze pobres.

Juntos liam a Bíblia, na nova tradução sueca do seu confessor Matias de Linköping.

Assumiram cargos públicos de importância, e os administraram com responsabilidade.

O casal fez uma peregrinação para Drontheim, visitando o sepulcro de Santo Olaf, rei da Suécia. Visitaram o ilustre Santuário do apóstolo Tiago, em Compostela. Prestaram homenagem às relíquias dos Reis Magos em Colônia, visitaram o sepulcro de Santa Marta em Tarascon e o Santuário de Santa Maria Madalena em Marseille.

Curado de uma grave doença, seu esposo Ulf Gudmarson foi motivado a fazer votos de retirar-se para o Mosteiro de Monges em Alvastra, com permissão de Brígida.

Lá viveu fiel ao seu voto, por quatro anos e foi sepultado, no hábito de um monge.