No último domingo a liturgia nos lembrou da parábola do servo inútil. O evangelho de Lucas 17:7-10 nos ensina que fazer o que Deus espera é apenas fazer o dever que nos cabe. Vivemos num mundo conectado, onde ser expor ao máximo e esperar comentários a seu respeito, virou necessidade. Me assusta ver o quanto as pessoas só se interessam por aquilo que vá lhe render elogios, benefícios, tapinhas nas costas e muito blá blá blá. Afinal, quem de nós não gosta de ser elogiado, ser o assunto da “roda”, não é mesmo? Mas esse pequeno passarinho tem muito a nos ensinar. Nativo da África, mas com a extensão de ocupação estimada de 10.000.000 km². É isso mesmo, ele se espalhou pelo mundo. Foi introduzida no Brasil pelos marinheiros dos navios mercantes portugueses da rota da Índia que atravessavam o Atlântico. O chamado “biquinho-de-lacre se proliferou abundantemente e hoje é encontrado em bandos nos capinzais do Sul, Sudeste e Centro-oeste. É um pássaro pequeno, com cerca de 11 a 13 centímetros de comprimento. Ao ver essa foto você pode ser um daqueles que nunca tinha ouvido falar e nem tão pouco viu um desses. Mas a associação que faço dele com o “servo inútil” é simples. Ao nos colocar no lugar do “biquinho” imaginamos que somos de um valor ímpar. Chamativos mesmo! Mas ao sobrevoar os quintais desse mundo, nem todos são capazes de nos notar. Só que o grande detalhe é que precisamos continuar a cumprir nossa função nos capinzais deste mundo. Porque o mais importante é que somos valiosos para Deus e só os olhos mais sensíveis são capazes de nos notar e perceber nossa presença no sistema imposto por esse mundo. Continuemos como servos inúteis, porém eficientes e eficazes para o Senhor, pois nosso reconhecimento não é encontrado nesse mundo.
Deus abençoe!
Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova
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