HIERARQUIA DA VERDADE

Tenho ouvido muitas histórias de famílias que se partem ao meio e atravessam um verdadeiro vale de lágrimas.  Mães sozinhas na batalha desleal contra o secularismo, que insiste em laçar seus filhos. Pais que abandonam lares atrás de um modelo de mulher perfeita, que só existe na ficção das telenovelas e programas cada vez mais eróticos. Ainda lembro de minha querida avó, Berenice, dizendo para as filhas mais novas. Prefira sempre ficar só, do que mal acompanhada. O conselho era para que as minhas tias meninas não se iludissem com beleza e vigor físico, mas que encontrassem a pessoa escolhida por Deus, com caráter, que gostasse de trabalhar e que fosse temente a Deus.  Ficava eu, a imaginar, o diálogo dela com minha mãe, antes de casar-se com meu pai.  Dona Emilce seguiu bem os conselhos e foi feliz por 12 anos.  Meu pai a deixou, com dois filhos pré adolescentes, mas tinha todos os itens enumerados por minha avó.  Daí você pode concluir: “tá vendo, homem é tudo igual!”.  Calma! A luta de minha mãe, se tornou maior e mais pesada, porque meu pai morreu.  Só citei dona Emilce, porque vejo nela história parecida como as que o mundo secularizado fabrica hoje.  Na hierarquia da verdade, tem muita família se baseando na hierarquia da ficção.  Desculpe-me, mas quero dizer que a vida é real, as dores das perdas são reais, as lutas só são vencidas com resiliência. Mãe que vê sua história se repetir na filha, precisa clamar o Espírito Santo. Pai que vê seu enredo reprisado no filho, que larga a esposa pra ficar com outra, precisa pôr a mão na consciência e fazer o caminho de volta.  Na hierarquia da verdade, não se pode ocultar que a afetividade feminina e a efetividade masculina, são caminhos distintos, mas que precisam terminar numa só via.  Não nos deixemos levar pelos atalhos do mundo, pois o caminho verdadeiro e certo, é muito estreito. Enquanto que a porta que nos leva a perdição é espaçosa, larga e sedutora. Seduz porque aparentemente não exige muito esforço.  Mas é enganosa. Pena que muitos entram e sentem na pele o sofrimento e as derrotas, mas preferem ficar na mentira e nunca mais voltar para a verdade que liberta. Que nos apressemos a corrigir nossos erros para que estejamos preparados para a segunda vinda do Senhor. Os sinais de sua volta estão cada vez mais intensos e visíveis.

Deus abençoe!

Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova
editoria@cancaonova.com


Jornalista, missionário da Comunidade Canção Nova, escritor, casado com Valeria Martins Andrade e pai de Davi Andrade, natural de Campos dos Goytacazes-RJ.