Um dia desses resolvi conhecer uma pequena e pacata cidade chamada Silveiras, que fica na microrregião de Bananal, em São Paulo, a uma altitude de 615 metros. Sua população estimada em 2004 era de 5.616 habitantes. Foi a partir de um rancho de tropeiros instalado nessas paragens pelos Silveiras, que cresceu o povoado, elevado em 1842 à condição de Vila, tendo como padroeira Nossa Senhora da Conceição. A capela primitiva data de 1780, e foi erguida no mesmo local onde hoje se acha a matriz. Em 1864, Silveiras passou a município e, em 1888, a Comarca, desativada em 1938 por falta de movimento, devido ao êxodo local ocasionado pela decadência do café. Um dos fatos mais notáveis da história de Silveiras foi sua intensa participação na Revolução Liberal de 1842 que, após sangrentos combates, foi aí debelada pelas tropas do então Barão de Caxias. Noventa anos depois, em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, a cidade teve novamente muitas de suas casas saqueadas e incendiadas. O movimento tropeirista, que vem ativando a cidade desde 1980, deu grande incentivo ao artesanato e às artes locais, ficando o último domingo do mês de agosto instituído como o “Dia Do Tropeiro”. O mais engraçado de todas as cenas que encontrei na cidade, foi esse “folgado” cachorro, sem muito o que “latir” e descansando numa boa em um velho e bom Monza. Valeu a ida e conhecida ao pequeno e simpático lugar. Terra da minha companheira de redação e gente fina, Idalina. E quando você tiver a fim de sair um pouco da rotina visite a terra da Idalina. Vai gostar de conhecer o artesanato em madeira e quem sabe até encontrar essa figura aí ao lado, descansado e vendo a vida passar sem pressa.
Deus abençoe!
Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova
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