Até bem pouco tempo achava que o desabrochar de uma flor e saída de uma borboleta do casulo, após a metamorfose, eram cenas imbatíveis, insuperáveis para um admirador da natureza. Até bem pouco achava que esses milagres, junto ao nascimento de uma criança, eram a confirmação mais cristalina do poder e do amor de Deus por nós. Até bem pouco tempo não sabia que poderia encontrar e presenciar uma cena ainda mais sutil e terna. Até ver meu filho assistir ao nascimento de uma borboleta. Os olhos brilharam, o caraçãozinho disparou e o “…olha isso papai…”, tornaram aquela manhã de primavera inesquecível. Foi algo tão diferente e tão repleto, que seria impossível descrever o que se sente. Não sei qual a realidade que vives hoje, mas tenha a certeza de que Deus ainda tem o melhor pra cada um de nós. No tempo certo, a flor desabrocha, a borboleta deixa o casulo, o filho descobre as maravilhas de Deus e nós vamos entendendo que perdemos muito tempo com tanta coisa inútil e esquecemos de admirar o simples, que o Senhor nos reserva todos os dias, como presente divino. Até quando vamos precisar de minério de ferro e por isso faremos piscinões para armazenar resíduo tóxico. Até quando vamos precisar de mármore e granito e por isso faremos buracos imensos para estocar a lama do pó de pedra com granalha. Se o filho do Pai precisou apenas de uma manjedoura pra passar sua primeira noite, de um pai adotivo e carpinteiro para ensinar-lhe os primeiros passos da vida e de uma mãe que apenas o amou incondicionalmente. É preciso acordar enquanto há tempo. Pois ele, o tempo, se esgota e a vida passará como um botão que virou flor, uma lagartinha que virou borboleta, como um menino que virou homem e entendeu que tudo é Deus e poucos vêem!
Deus abençoe!
Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova
@WallaceAndrade9