Os pais dela, eram pessoas que lutaram para vencer na vida. O pai, conseguiu se igualar aos que tinham posses herdadas de suas famílias, com o suor de seu trabalho. Mas mesmo assim era visto com discriminação e menospreso. Afinal, os outros e suas esposas podiam e tinha filhos. Ele com sua amada, não podia. Mas isso foi só até ele resolver se retirar por 40 dias, para uma conversa séria com o Senhor. Não queria mais ser alvo de discriminação e principalmente, queria frutos de seu matrimônio. Depois do retiro ele volta e o tempo revela que seu pedido foi atendido. Era o modelo de mulher que estava sendo gerado com muito carinho e expectativa. Nasceu e logo com três anos já ajudava os pais no templo do Senhor. O início de sua adolescência revelava os primeiros sinais de sua beleza feminina. E logo um pretendente deu o passo para tê-la como esposa. Prometida e a espera do casamento, o modelo de mulher recebe uma visita que trás um pedido totalmente fora dos seus planos. Mesmo com medo, insegura e surpresa, ela resolve aceitar a proposta. Depois desse sim sua vida não foi mais a mesma. Casou-se com o prometido. Com ele não teve um menino, e sim “o” menino. O parto foi o mais improvisado de que se tem notícia. Não deu tempo de procurar a pediatra renomada, não deu pra se internar num hospital conceituado e nem teve colchão de plumas de ganço pra aconchegar o recém-nascido. Um velho conhecido pegou o menino no colo e disse ao modelo de mãe para se preparar, porque o garoto não teria um futuro de prazeres, mordomias e tranquilidade. Dois anos depois, o modelo de mulher enfrentou o sol escaldante do deserto, para salvar seu filho da morte precoce. Era o mundo e suas adversidades moldando e transformando o modelo de mulher, também em modelo de mãe.  Na pré-adolescência o menino se perdeu dela e do pai, numa festa. O modelo de mulher, na certa ficou com o coração “galopando” na garganta. Mas aliviada, encontrou o rapazinho e tudo ficou bem. Quando o camaradinha foi pra sua primeira “noitada”, o modelo de mulher também foi. E quando percebeu que o filho estava distraído e desatento, chamou a atenção dele. Imediatamente o “carinha” deixou a meninice, para se tornar o homem mais importante daquele lugar. O modelo de mãe e de mulher enfrentou sua maior dor, de pé. Viu seu menino chorar de dor, mas em silêncio. Era a certeza de que o garoto tinha aprendido com o modelo de mulher, a falar para o mundo com o silêncio. Ao ver seu menino morrer, o modelo de mulher chorou todas as dores. A dor da perda, a dor da mãe órfã de filho, a dor da saudade. Ela nem sabia que as dores e a saudade iriam terminar três dias depois. Mulheres, amigas, colegas, primas, tias, irmãs, mães, esposas, nem é preciso dizer que vocês são importantes para a história desse mundo e o melhor, vocês tem em Maria o verdadeiro modelo para suas vidas e a vida de suas vidas… tudo que o mundo precisa e não tem tido com fartura.

Deus abençoe!

Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova 
@WallaceAndrade9