Falando da Transfiguração de Cristo, Francisco destacou a necessidade de “subir” a montanha para ouvir a voz de Deus e “descer” para transmitir essa Palavra aos outros
Neste domingo, 16, Segundo Domingo da Quaresma, Papa Francisco reuniu-se com os fiéis na Praça São Pedro para rezar o Angelus. Em suas palavras antes da oração, ele enfatizou a necessidade de ouvir a Palavra de Deus e transmiti-la aos outros.
O Santo Padre recordou o episódio da Transfiguração de Cristo na montanha, presente no Evangelho do dia. A montanha, segundo o Papa, representa o lugar da proximidade com Deus e do encontro íntimo com Ele. E do alto da montanha, os discípulos ouviram a voz de Deus, que proclama Jesus seu Filho amado dizendo: “Escutai-o” (v.5)
“É muito importante este convite do Pai. Nós, discípulos de Jesus, somos chamados a ser pessoas que escutam a sua voz e levam a sério suas palavras. Para escutar Jesus, é preciso segui-Lo, como faziam as multidões do Evangelho”.
O Santo Padre também disse que se escuta Jesus em Sua Palavra escrita, de forma que é importante ler o Evangelho. Ele perguntou aos presentes na Praça quem tem o costume de fazê-lo e sugeriu que todos levem sempre consigo uma pequena edição dos Evangelhos, lendo um pequeno trecho todos os dias.
Retomando o acontecimento da Transfiguração, o Papa citou dois elementos significativos que sintetizou em duas palavras: subida e descida. Ele explicou que é preciso subir a montanha em silêncio para encontrar a si mesmo e perceber melhor a voz do Senhor. Mas não se pode permanecer ali, é preciso descer para encontrar os irmãos necessitados.
“A estes nossos irmãos que estão em dificuldade, somos chamados a levar os frutos da experiência que fizemos com Deus, partilhando com eles os tesouros de graça recebidos. (…) Quando ouvimos a palavra de Jesus e a temos no coração, esta palavra cresce. E sabem como cresce? Dando-a aos outros”.
Francisco finalizou suas reflexões pedindo a orientação de Maria para que os fiéis prossigam com fé e generosidade o caminho da Quaresma, aprendendo a “subir” com a oração e a “descer” com a caridade fraterna anunciando Jesus.
Jéssica Marçal
Da Redação CN