A verdadeira liberdade demonstra-se na responsabilidade


Nos desejamos a liberdade verdadeira e grande.

” A Sagrada Escritura une o conceito de liberdade ao de progenitura. São Paulo diz: “Vós não recebestes um Espírito que vos escraviza e volta a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai!” (Rm 8,15).

O que é que isto significa? São Paulo pressupõe nisto o sistema social do mundo antigo, em que existiam os escravos, aos quais nada pertencia e que por isso não podiam interessar-se por um recto desenvolvimento dos acontecimentos. Correspondentemente havia os filhos, que eram também os herdeiros e que por este motivo se preocupavam com a conservação e a boa administração da sua propriedade ou com a preservação do Estado. Dado que eram livres, tinham também uma responsabilidade. Prescindindo do contexto sociológico daquela época, é válido sempre este princípio: a liberdade e a responsabilidade caminham juntas.

A verdadeira liberdade demonstra-se na responsabilidade, num modo de agir que assume sobre si a co-responsabilidade pelo mundo, por si mesmo e pelos outros.

Livre é o filho, a quem pertencem as coisas e que por isso não permite que as mesmas sejam destruídas. Todas as responsabilidades mundanas, de que falamos, são contudo responsabilidades parciais, por um determinado âmbito, por um certo Estado etc.”

Bento XVI

TRECHO: Homilia de Pentecostes, Praça de São Pedro, 3 junho 2006

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