+ Uma reflexão sobre o trecho da Evangelii Gaudium

O Desafio é não esperar que o outro se levante.

Papa Francisco – foto: google

É mais uma por que teve outra reflexão do meu irmão Adailton. Mas antes de eu ousar dizer alguma coisa, antes de você ver qual será o trecho, quero e preciso (muito) dizer: Francisco não se dirige a um Evangelizador, mas a uma Comunidade Evangelizadora, uma Comunidade Missionária, ou seja, nosso amigo Argentino nos ensina que a Evangelização feita em Comunidade tem uma qualidade bem diferente daquela feita individualmente. Logo, acredito e tenho reparado: ele se dirige a uma Comunidade na Exortação.

Eis o Trecho:

“Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação.” (EG n° 27).

É um golpe em cheio ao que chamamos geralmente de egoísmo e comodismo na vida missionária (aqui o Papa fala nas Paróquias, Instituições Religiosas, Dioceses, etc). É natural o ser humano autopreservar, mas podemos cair em confiar em nós mesmos, confiar no mundo, e, por vezes ao entrarmos nas pastorais, grupos de oração, ou mesmo quando nos consagramos nossa vida a Deus, por autopreservação, esquecermos o que nos pede Àquele que sustenta nossas vidas: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16, 15), e vamos construindo garantias, status, seguranças puramente humanas.

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O Papa sonha não com uma opção nova, mas que a missionariedade volte a ser filha da Parresia, que ouse a se modificar por que as ovelhas precisam, o Caminho não mudou, a meta também não, mas as ovelhas sim, apesar de suas necessidades serem as mesmas, estas ovelhas precisam passar ainda pelo mesmo Caminho.

Só teremos um poder de transformação capaz de atingir o sonhado por Francisco, quando cada membro da comunidade se encontrar verdadeiramente com Cristo, e este encontro for de fato renovado cada dia, se o Encontro Pessoal com Cristo de cada membro gera frutos de comunhão e vida nova. Quando cada membro decidir por si só sair de si, decidir por uma vida de relacionamento com Deus, de uma vida na potência do Espírito Santo.

O Desafio é não esperar que o outro se levante. Pois, quando já estou de pé que eu consigo ajudar o outro. Vamos nessa?