Quinta- Feira com Dom Bosco

O inferno

Oração inicial para todos os dias da semana 

Meu Deus, arrependo-me de todo o coração de vos haver ofendido;concedei-me a graça de compreender bem as verdades que vou meditar e abrasai-me no vosso amor. Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus, meu Anjo da Guarda e todos os Santos do céu, rogai por mim.

  1. O inferno é um lugar destinado pela justiça divina para punir com suplícios eternos aqueles que morrem em pecado mortal. A primeira pena que os condenados sofrem no inferno é a pena dos sentidos, que são atormentados por um fogo que queima horrivelmente, sem nunca diminuir. Fogo nos olhos, fogo na boca, fogo em toda parte. Cada sentido sofre a própria pena; os olhos sofrem pela fumaça e pelas trevas e são aterrados pela vista dos demônios e dos outros condenados. Os ouvidos, dia e noite, só escutam contínuos uivos, prantos e blasfêmias. O olfato sofre enormemente pelo mau cheiro daquele enxofre e betume ardente que o sufoca. A boca é atormentada por sede devoradora e fome canina: “padecerão fome como cães – et famem patientur ut canes” (Salmos 59,7)

O pecador rico no meio daqueles tormentos ergueu o olhar ao céu e pediu uma pequena gota de água para mitigar a secura de sua língua e até isso lhe foi negado. Por isso, aqueles infelizes, sedentos, devorados pelas chamas, atormentados pelo fogo, choram, gritam e se desesperam. Oh! Inferno, inferno! O quanto são infelizes que caem nos teus abismos! – E você que diz, meu filho, se tivesse que morrer neste momento, onde iria parar? Se agora você não pode conservar um dedo sobre a pequena chama de uma vela, se não consegue aguentar nem uma fagulha de fogo na mão sem gritar, como poderá aguentar então entre aquelas chamas por toda a eternidade? 

  1. Além disso, considere, ó filho, o remorso que experimenta a consciência dos condenados. Eles padecerão um inferno na memória, na inteligência, na vontade. Recordarão continuamente o motivo de sua perdição, isto é, por um prazer, por uma irrupção de paixão. Esta lembrança é o verme que nunca morre. “O seu verme não morre, e no fogo não se apaga – Vermis eorum non moritur, et ignis non extinguitur” (Marcos 9,48)

Recordarão o tempo dado por Deus para evitar a perdição, os bons exemplos dos companheiros, os propósitos feitos e não cumpridos. Pensarão nos sermões ouvidos, nos avisos do confessor, nas boas inspirações para deixar o pecado; e vendo que já não há remédio, lançarão gritos desesperados. A vontade nada terá daquilo que deseja e, ao contrário, padecerá todos os males. A inteligência conhecerá finalmente o grande bem que perdeu. 

A alma separada do corpo, ao se apresentar no tribunal divino, vislumbra a beleza de Deus, conhece toda a Sua bondade, chega quase a contemplar por um instante o esplendor do paraíso, ouve também os cantos dulcíssimos dos anjos e dos santos. E ai! Que dor perceber que perdeu tudo isso para sempre! Quem poderá resistir a tais tormentos? 

III. Meu filho, você que agora não se importa em perder Deus e o paraíso, conhecerá a sua cegueira quando vir tantos companheiros, mais ignorantes e mais pobres do que você, triunfarem e gozarem no Reino dos Céus, ao passo que você será lançado para longe daquela pátria feliz, do gozo do mesmo Deus, da companhia da Santíssima Virgem e dos santos. Então, faça penitência, não espere quando não houver mais tempo: entregue-se a Deus. Quem sabe se não é este o último chamado, e se não corresponde, quem sabe se Deus não o abandona e não o deixa cair naqueles eternos suplícios! 

Oh! Meu Jesus, livrai-me do inferno. 

Trecho retirado do Livro de Dom Bosco: O Cristão preparado para a prática do seus deveres.


Missão da Canção Nova em Paulínia

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