Tempos houve, em que os cristãos de nosso país, possuídos dos mais nobres desejos, descobriram, finalmente, de que forma poderiam vencer os opressores do nosso povo e chegar à bem-aventurança da libertação plena. O instrumento, usado pela Igreja, era frágil. Segundo seu método, o caminho é a abordagem interna, é a conversão pessoal, para daí partir para a mudança social. Isso é muito demorado. Descobriu-se a solução do problema. O socialismo, mais ágil e mais ousado, tradicionalmente agnóstico, usava o método da imposição. Seriam apenas males menores. Esse caminho, no entanto, levaria à mudança das estruturas, e exigiria, apenas por um tempo breve, o cerceamento das liberdades, e o sacrifício de algumas cabeças livres. Desse conúbio nasceu aqui no Brasil, um grande partido político, destinado a se tornar a “redenção nacional”. Seria a associação dos cátaros no meio da selvageria da corrupção.
Ouça: Padre Paulo Ricardo fala sobre os perigos do PNDH:
Não é possível, entretanto, fugir às leis da hereditariedade, de Mendel. Os filhos dessa união, são irreconhecíveis. É que os caracteres do socialismo são dominantes, e os da Igreja, recessivos. Dentro do esquema, o PNDH-3, gestado pelo partido, (na verdade uma nova Constituição), advoga: liberação total do aborto; nenhum funcionário público poderá mais ser cristão; os símbolos religiosos serão retirados de ambientes públicos; não haverá mais liberdade de imprensa; a liberdade religiosa será sumamente restrita; haverá total apoio aos casamentos homossexuais. A origem longínqua desses “direitos humanos” deve ser procurada nos porões dos pensadores anglo-americanos, cujas ideias foram endossadas pelas miríades de ONGs internacionais (vinculadas ao projeto), e vejam, sob os auspícios da ONU, que sonha com os braços longos dessa lei, para tentar um governo mundial. O que me causa espécie, é constatar que, apesar das evidências, malgrado as palavras claras do governo, em que pese a audácia dos dirigentes políticos, a maioria das pessoas (adormecidas pela propaganda?), acham o malfadado programa, um progresso. Aí incluo clérigos ingênuos, alguns formadores de opinião, vários líderes de outras denominações cristãs. “Senhor, livrai-nos do mal” (Mt 6, 13).
Dom Aloísio Roque Oppermann
Acesse os documentos:
.: Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)
.: Nota de esclarecimento da Sedh sobre o PNDH-3
.: CNBB pede mais diálogo sobre Programa Nacional de Direitos Humanos
.: Bispos rejeitam 3º Programa Nacional de Direitos Humanos
.: Magistrados são contra o Programa Nacional de Direitos Humanos
Assista:
.: Escola da fé – Parte I. Padre Paulo Ricardo fala sobre os perigos do novo PNDH
Leia também:
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.: Bispo denuncia pacote ideológico do Governo
.: Gentios no Planalto
.: Nota sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos