Bento XVI pediu este Domingo um cessar-fogo e o regresso às negociações, “em espírito de diálogo construtivo”, entre a Geórgia e região separatista pró-russa da Ossétia do Sul.O Papa falava depois do Angelus, em Bressanone, localidade italiana onde está a passar férias nas últimas semanas.
Perante a situação de guerra que afecta a Geórgia e a Ossétia do Sul, Bento XVI manifestou a sua proximidade: “São motivo de profunda angústia as notícias, cada vez mais dramáticas, dos trágicos acontecimentos que se estão a verificar na Geórgia e que, a partir da região da Ossétia do Sul, já causaram muitas vítimas inocentes, constrangendo grande número de civis a deixar as próprias casas”.
“É meu vivo desejo e aspiração que cessem imediatamente as acções militares e que (todos) se abstenham, também em nome da herança cristã comum, de mais confrontos e retorsões violentas que podem degenerar num conflito de proporções ainda mais vastas”, indicou.
O Papa afirmou ser fundamental que se retome “resolutamente o caminho das negociações e do diálogo respeitoso e construtivo, evitando assim dilacerantes sofrimentos àquelas queridas populações”.
Neste momento, as forças georgianas estão a retirar de praticamente todo o território da república separatista pró-russa da Ossétia do Sul afirmou à AFP o secretário do Conselho de Segurança da Geórgia, Alexandre Lomaia.
A Geórgia fez um apelo aos Estados Unidos da América para que nomeie mediadores na crise com a Rússia, por causa da crise na região. O governo georgiano refere, em comunicado, que dez mil soldados russos foram enviados para a Geórgia.
Bento XVI deixou um convite à comunidade internacional e aos países mais influentes na actual situação “a desenvolverem todos os esforços para sustentar e promover iniciativas visando alcançar uma solução pacífica e duradoura, a favor de uma convivência aberta e respeitosa”.
“Juntamente com os nossos irmãos ortodoxos, rezemos intensamente por estas intenções, que colocamos confiadamente nas mãos da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus e de todos os cristãos”, concluiu.