«Eu acho que [o referendo] é uma possibilidade verdadeiramente admissível», disse D. Manuel Clemente, respondendo a uma pergunta da jornalista Fátima Campos Ferreira.
O bispo do Porto considerou, igualmente, que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo deviam ser alvo de um grande debate nacional, a promover «sem pressas».
«Para que a sociedade diga se quer ou não quer secundarizar uma instituição [o casamento] que tem essas características, uma instituição que forma e enforma a sociedade desde que ela se conhece», frisou.
D. Manuel Clemente argumentou ainda que o casamento enquanto instituição familiar, quando comparada com os casamentos homossexuais, possui «um outro significado histórico, é realmente outra coisa».
Para o Bispo do Porto, a tradição relativa ao casamento «significa que o Estado reconhece a essa união algo de importante e relevante para o bem comum da sociedade».
«Não apenas para o gosto ou sensibilidade daquelas duas pessoas, masculinas ou femininas, mas para a sociedade», acrescentou.