Comunicadores católicos de 80 países participam de encontro em Roma

comunicadoresO presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, abriu nesta segunda-feira, 4, o Congresso Mundial da Imprensa Católica, em Roma, na Itália. O evento, considerado o maior voltado para comunicadores católicos, reúne cerca de 220 pessoas representando 80 países.  Do Sistema Canção Nova de Comunicação, participa Jorge Aparecido, o responsável pelo setor de Tecnologia da Informacao da Fundação João Paulo II.

“Estamos vivendo um momento histórico em que a imprensa laica interroga sobre seu futuro. Devemos interrogar-nos também qual a identidade mais profunda e qual deve ser a missão da imprensa católica”, disse o Dom Celli.

“Deveríamos pensar a imprensa católica numa perspectiva de serviço ou perguntar qual seu papel na sociedade e na Igreja?”, acrescentou.

Este é o quinto congresso realizado pelo Pontifício Conselho. Os anteriores trataram das TVs Católicas, faculdades de comunicação católicas, rádios católicas. O 4º Congresso reuniu os bispos responsáveis pela comunicação das conferências episcopais.

“Era fundamental nesta sucessão de temas reunir para falar da imprensa católica no contexto atual que está marcado pelas novas tecnologias”, explicou dom Celli. “Encontramo-nos aqui, sobretudo para escutar. No nosso coração há muitas perguntas. Junto com vocês queremos encontrar respostas ou intenção de resposta”, acentou.

Problemática e futuro da imprensa

Este foi o tema da primeira mesa-redonda, que abriu o Congresso. A vice-diretora da Pew research Center, Amy Mitchell apresentou dados que mostram o declínio da imprensa escrita nos Estados Unidos. Segundo Mitchel, o papel do jornalismo é oferecer um serviço e não um produto. “O papel do jornalista hoje é mais importante porque dá o sentido da notícia; é uma notícia de serviço. Não se trata de apenas dar a notícia, mas dar mais informação que ajuda o leitor a interpretar a realidade”, explicou.

Já o austríaco Michael Prüller, vice-diretor do Dies Presse, defendeu que não se pode prevê que a internet seja a morte da imprensa escrita. “Há 550 milhões de pessoas que compram jornal diariamente”, disse Prüller.

.: Assista reportagem de Mirticeli Medeiros

Prüller reconhece, no entanto, o declínio de muitos jornais, mas não vê a internet como a única culpada. “O declínio começou nos anos 1970”. Uma das causas, segundo Prüller, é econômica. “40% dos gastos de um jornal é com pessoal. Não se pode substituir as pessoas por máquinas. Uma solução poderia ser o jornal eletrônico, mas não sei se daria certo”, esclareceu.

O Congresso prossegue até quinta-feira, 7. Pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participam a assessora do Setor de Comunicação Social, Irmã Élide Fogolari, e o assessor de imprensa, padre Geraldo Martins.

Estão previstas, ainda, conferências sobre “imprensa católica: desafios globais”; “imprensa católica: suas perspectivas”; “Comunhão eclesial e controvérsias. Liberdade de expressão e verdade na Igreja”; “Imprensa católica e internet”.

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