Em Luanda, as igrejas cristãs realizaram, este Domingo, um culto ecuménico. Ao invés de se dirigirem para os seus habituais templos, os fiéis encheram meio Estádio da Cidadela e, numa cerimónia, rezaram pela paz, pela justiça social, e pelo sucesso das eleições.Os responsáveis do culto ecuménico consideram que as próximas eleições, a realizar a 5 de Setembro, devem apagar a imagem que a comunidade internacional criou sobre Angola, após as eleições de 1992.
Esta cerimónia foi também presenciada por altas individualidades do governo e dirigentes dos principais partidos angolanos, MPLA e UNITA, ouviram a oração das eleições, pedindo a paz e justiça social.
Entretanto, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE-UE) para as eleições legislativas vai ser reforçada com uma delegação de 20 elementos do Parlamento europeu. Esta delegação integra sete deputados europeus provenientes de Portugal, França, Reino Unido, Itália e Letónia, anunciou o serviço de imprensa da MOE-UE.
Os sete parlamentares vão estar no terreno nas províncias de Cabinda, Huambo e Luanda.
Com este reforço, a MOE-UE, que é a missão de observadores mais alargada em Angola para as eleições da próxima Sexta-feira, passou a contar com 118 pessoas no terreno, depois da chegada dos primeiros elementos em finais de Julho, oriundos de 20 Estados, incluindo Noruega e Suiça.
Além da MOE-EU, estão no terreno as missões da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), do Parlamento Pan-Africano, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e ainda cerca de 3000 observadores nacionais espalhados pelas 18 províncias angolanas.
Estão inscritos para votar esta Sexta-feira cerca de 8,3 milhões de eleitores em 12400 assembleias de voto, cada uma com, em média, quatro mesas de voto. Estão em disputa 220 lugares na Assembleia Nacional de Angola.
Redacção/Lusa e TSF