O Papa recebeu alunos e membros da Pontifícia Academia Eclesiástica na tradicional audiência que concede todos os anos a esse organismo do Vaticano. O encontro aconteceu na Sala do Consistório, do Palácio Apostólico Vaticano, na manhã desta segunda-feira, 14.
Bento XVI centrou suas reflexões em torno do conceito de representação, explicando o papel dos Núncios, Delegados Apostólicos e Observadores Permanentes – funções diplomáticas exercidas pelos sacerdotes que são formados na Academia Eclesiástica.
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.: Discurso de Bento XVI à Pontifícia Academia Eclesiástica
“O Representante Pontifício – em união aos que com ele colaboram – torna-se verdadeiramente sinal da presença e do amor do Papa”, destacou.
Ele acrescentou que essa representação não é meramente exterior, formal ou pouco pessoal, mas mais profunda por ser participação na solicitude do Ministério do Romano Pontífice. “É, por isso, realidade eminentemente pessoal, destinada a incidir profundamente naquele que é chamado a desenvolver tal missão particular.
Dicas
O Santo Padre indicou três dimensões que devem ser acolhidas e alimentadas pelos sacerdotes que desempenham o exercício de representação.
1 – “Antes de tudo, cultivar uma plena adesão interior à pessoa do Papa, ao seu Magistério e ao Ministério universal”;
2 – “Assumir, como estilo de vida e como prioridade quotidiana, um atento cuidado – uma verdadeira ‘paixão’ – pela comunhão eclesial”;
3 – “Ter a capacidade de ser uma sólida ‘ponte’, um seguro canal de comunicação entre as Igrejas particulares e a Sé Apostólica”.
O Papa salientou que a exigência de uma dedicação plena e a disponibilidade de sacrificar projetos e intuições pessoais não tira a originalidade de cada um.
“Ao contrário, torna-se extremamente gratificante: o esforço de colocar-se em sintonia com a perspectiva universal e com o serviço à unidade da grei de Deus, peculiar do Ministério petrino, é, de fato, capaz de valorizar, de maneira singular, dons e talentos de cada um”, expressou.
Bento XVI concluiu afirmando que o modo de presença do Representante Pontifício não é determinado apenas pelo ambiente em que se trabalha, mas, antes e principalmente, por aquele a que se representa.
“Isso coloca o Representante Pontifício em uma posição particular frente aos outros Embaixadores ou Enviados. Ele, de fato, será sempre profundamente identificado, em um sentido sobrenatural, com aquele que representa. Ser porta-voz do Vigário de Cristo poderá ser desafiador, outras vezes extremamente exigente, mas nunca será humilhante ou impessoal. Torna-se, pelo contrário, uma forma original de realizar a própria vocação sacerdotal”.
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Leonardo Meira
Da Redação