A exposição do Santo Sudário atrai peregrinos de todos os cantos do mundo a Turim (Itália). A médica brasileira Ana Cristina Marao Miziara está na lista dos mais de 2 milhões de visitantes que devem permanecer alguns momentos em oração diante do Sagrado Tecido. Segundo a tradição, o pano teria envolto o corpo de Jesus após a crucificação.
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O reencontro de Ana com a relÃquia aconteceu em dose dupla, na última terça, 4, e quarta-feira, 5. E exatamente na Hora da Misericórdia, à s 15 horas. “Escolhi esse horário e dia propositalmente, pois quero agradecer a graça de estar viva”, salienta.
A primeira visita à relÃquia foi no Ano Jubilar de 2000. Dez anos depois, a brasileira leva a mãe para conhecer também outros lugares chaves da fé na Europa, como Lanciano, Cássia e Assis, por exemplo. A médica conta que é devota da veneração à Sagrada Face do Santo Sudário e que alcançou uma graça especial:
“Em 2002, meses antes de acontecer o II Congresso do Santo Sudário, no Rio de Janeiro – no qual auxiliei inclusive a organização -, ‘senti’ no coração um perigo de vida, algo que poderia ocorrer durante minha viagem ao Rio”, explica, acrescentando que apresentou tal situação à Sagrada Face. Na época do evento, Ana foi para o Rio de Janeiro com o seu carro, conforme havia programado.
“No último dia do Congresso, ia para o sÃtio em que aconteceria a Missa de encerramento. Com o carro parado no semáforo, um outro veÃculo chocou-se contra o meu a mais de 100 km/h e fomos lançados vários metros para frente. Ninguém faleceu, mas eu tive um problema sério de coluna cervical que acarretou vários problemas de saúde, bem como profissionais”. Diante dessa situação, Ana destaca que apresentava tudo à Sagrada Face, que a conduzia e orientava.
“Um certo dia, perguntei a Deus como eu havia sido salva, se foi por ajuda dos anjos, de Nossa Senhora, enfim. Então abri num trecho da Escritura que dizia: ‘Não foi nem anjo, nem um mensageiro, mas a própria Face do Senhor que o salvou!'”, relembra, fazendo referência ao Livro do Profeta IsaÃas (63, 9).
Aprofundamento
A experiência vivencial da médica com o Sudário serviu como incentivo para um estudo mais aprofundado. “Poderia dizer que o Sudário é um compêndio de todas as ciências”, afirma.
Ana acredita que a busca por melhores informações sobre o Sudário pode ser uma forma de revigorar a fé dos cristãos. “O Sudário é um presente que Jesus deixou para nossos dias, onde a falta de fé e a razão desequilibrada imperam e o homem se perde e se afasta de Deus. O Sudário mostra um equilÃbrio perfeito entre razão e fé; uma auxilia a outra. E para que não tem fé e precisa da ciência, o Sudário é o remédio exato, pois a mensagem que Jesus nos deixou através do Seu Sudário costuma tocar profundamente o coração e as emoções humanas”.
No que diz respeito à s ciências exatas, a médica explica que o Sudário é a única imagem no mundo que apresenta duas peculiaridades: a presença do chamado negativo invertido e da tridimensionalidade. “Isso quer dizer que, se colocarmos uma foto de qualquer um no aparelho chamado VP8 – empregado pela NASA para avaliar fotos provindas do espaço -, a imagem será bidimensional. Já a imagem do Sudário é tridimensional”, sublinha.
Com relação ao negativo invertido, Ana conta que, enquanto as imagens de qualquer pessoa apresentam um espectro borrado, sem muita visibilidade no negativo de um filme fotográfico quando revelado, no Sudário ocorre o oposto. “O negativo é que apresenta a clareza da imagem”.
A partir de estudos computadorizados detalhados, também foi possÃvel verificar imagens arredondadas na região da órbita e das pálpebras do ‘Homem do Sudário’ que, ao serem avaliadas por especialistas em moedas, foram classificadas como moedas datadas do ano 29 d.C. “Uma delas é cunhada numa edição especial em homenagem à mãe do então imperador Tibério César, cujo nome é Júlia. Portanto, o Sudário seria da época de 29 d.C, e não da Idade Média, como desafiam alguns”.
No que diz respeito aos estudos biológicos, dentre vários aspectos relevantes, foi descoberta a presença de sangue humano do tipo AB, “coincidentemente” o mesmo tipo sanguÃneo do Milagre EucarÃstico de Lanciano.
“Curiosamente, o sangue está coagulado, sem marcas de ruptura de coágulos, ou seja, ninguém poderia ter ‘roubado’ o corpo do Homem do Sudário, pois, se isso acontecesse, os coágulos estariam rotos, desfeitos. Também as manchas de sangue apresentam-se num estado em que não há sinais de deterioração, como também não estavam em estado muito recente de ferimento”. Isso significa que se passaram cerca de 36 horas entre o sepultamento com o lençol e a formação da Imagem do Sudário.
Na Imagem do Sudário, o que mais intriga os cientistas é que, conforme a declaração do fÃsico John Jackson, “do ponto de vista fÃsico-quÃmico, a imagem do Sudário não poderia existir, mas ela é real”; isto é, foram empregados diversos métodos de testes em que se constatou como esta imagem não poderia ter sido produzida, fabricada. No entanto, não conseguiu-se explicar, do ponto de vista cientÃfico, como ela se formou.
“Também foi descoberta a presença de pólens de flores e plantas, algumas já extintas, mas que se originavam da região do Mar Morto de cerca de 2.000 anos atrás, bem como outras, tÃpicas da região da Palestina-Israel, cuja floração acontece na época da primavera, entre março e abril, época da Páscoa”, conclui.
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Leonardo Meira
Da Redação