O Papa Bento XVI deixou esta manhã, 03, a residência de verão de Castel Gandolfo para ir ao Vaticano encontrar os fiéis na Sala Paulo VI para a Audiência Geral onde meditou novamente sobre a vida do São Paulo.
O Papa recordou um momento decisivo na vida do Apóstolo: o seu encontro com Cristo, conhecido como “conversão”. Este encontro deu-se a caminho de Damasco e foi decisivo porque Paulo se transformou de perseguidor da Igreja em Apóstolo do Evangelho.
“De modo inesperado, Paulo começou a considerar perda de tempo, lixo, tudo aquilo que antes constituía para ele o máximo ideal, quase a razão de ser da sua vida”, explicou o Papa.
Bento XVI recorda que se tratou de um evento que não pode ser interpretado com categorias meramente psicológicas. “Naquele momento, o Apóstolo foi conquistado por Cristo e esta convicção remodelou todo seu patrimônio espiritual e orientou suas forças para um novo propósito”, declarou o Pontífice. “Paulo, não se encontrou com um personagem histórico, mas com Jesus, Pessoa viva que se apresentou a ele como único Salvador e Senhor. Isso é válido igualmente para nós, que não seguimos um ideal filosófico ou um código moral, mas sim Jesus Cristo”.
O Pontífice recordou: “Somos cristãos somente se encontramos Cristo. Não certamente como aconteceu com Paulo, de modo irresistível e luminoso. Mas também nós podemos encontrar Cristo na leitura das Sagradas Escrituras, na oração, na vida litúrgica. Tocar o coração de Cristo e sentir que Cristo toca o nosso coração”.
Para Bento XVI, o episódio nos ensina que não devemos reservar Cristo somente para nós, mas sentir a exigência de anunciá-Lo aos outros. Para isso, é necessário recorrer a Deus: “Peçamos ao Senhor que nos ilumine para que possamos nos doar, à nossa maneira, e do encontro com a sua presença ter, assim, uma fé vivaz, um coração aberto e uma grande caridade por todos, capaz de renovar o mundo”.