A poucos dias partilhei um texto do Papa Francisco nas redes sociais dizendo a forma incrível e tão simples de viver bem a vida matrimonial.
Leandro e eu temos apenas seis meses de casados, mas podemos dizer que, mesmo diante de qualquer situação que nos encontramos, somos felizes.Nosso amor surgiu dentro de uma amizade, e percebemos que a construção do nosso lar se dá na cumplicidade, na transparência e, principalmente, no diálogo. Propósitos simples que faz nosso relacionamento sólido.
Quando demos nosso sim definitivo, foi pra sempre, e a vida a dois é um desafio a dois; um deve ajudar o outro a amadurecer. Isso ocorre na forma carinhosa do diálogo, às vezes, sim, discordamos, mas o amor que não é sentimento e sim decisão. E isso subtrai todo conflito e ai acontecem as mudanças. Juntos crescemos. Digo isso porque não somos apenas consagrados, somos humanos. Existem sim as discussões, mas palavras simples como: “perdão”, “me desculpa”, “posso dizer”, “obrigada por dizer isso…”, fazem cobrir qualquer sentimento insólido ou passageiro. Isso não é nenhum segredo mas, muitas vezes, ficou tão escondido diante de tanto relativismo que nos esquecemos que um ambiente harmonioso e carregado de palavras tão simples, lembradas pelo Santo Padre, fazem acontecer a família, não perfeita, mais verdadeiras famílias.
Aproveito ainda pra dizer que foi no Carisma Canção Nova que nos unimos, fomos escolhidos por Deus. De cidades distantes, de culturas diferentes, mais com um objetivo único: evangelizar e levar as pessoas a encontrarem Jesus. Não é diferente entre nós dois dentro da comunidade, nas nossas atitudes, nas nossas partilhas, precisamos, em tudo, levar o Cristo um ao outro. Precisamos, como família, nos preparar para vinda do Senhor. Essa presença de Jesus entre nós faz total diferença e nos auxilia a ultrapassar nossas diferenças. Superamos porque decidimos viver no amor-doação, no amor que cede, pois queremos viver um matrimônio santo, saudável. E só é possível vivê-lo porque, no centro, está o Senhor.
Deixo aqui as palavras do Papa Francisco que me inspiraram essa partilha:
Hoje em dia existe muito medo de tomar decisões definitivas, como a de casar-se, pois as pessoas consideram impossível manter o amor vivo ao longo dos anos. O Papa Francisco fala deste tema e nos convida a não nos deixarmos vencer pela “cultura do provisório”, pois o amor que fundamenta uma família é um amor para sempre.
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O que entendemos por “amor”?
Com a sabedoria e a simplicidade que o caracterizam, o Papa Francisco começa com um importante esclarecimento sobre o verdadeiro significado do amor, já que, diante do medo do “para sempre”, muitos dizem: “Ficaremos juntos enquanto o amor durar”.
Então, ele pergunta: “O que entendemos por ‘amor’? Só um sentimento, uma condição psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas se o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e também podemos dizer, por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é construída em companhia do outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus.”
“O matrimônio é um trabalho de ourivesaria que se constrói todos os dias ao longo da vida. O marido ajuda a esposa a amadurecer como mulher, e a esposa ajuda o marido a amadurecer como homem. Os dois crescem em humanidade e esta é a principal herança que deixam aos filhos”, acrescenta.
Três palavras mágicas para fazer o casamento durar
O Papa esclarece que o “para sempre” não é só questão de duração. “Um casamento não se realiza somente se ele dura, sua qualidade também é importante. Estar juntos e saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos.”
E fala sobre a convivência matrimonial: “Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (…) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três palavras: ‘posso?’, ‘obrigado’ e ‘desculpe'”.
“‘Posso?’ é o pedido amável de entrar na vida de alguém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não se impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia: ‘A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e mantém o amor’. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia.”
“Obrigado’: a gratidão é um sentimento importante. Sabemos agradecer? (…) É importante manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e aos dons de Deus diz-se ‘obrigado’. Não é uma palavra amável para usar com os estranhos, para ser educados. É preciso saber dizer ‘obrigado’ para caminhar juntos.”
“‘Desculpe’: na vida cometemos muitos erros, enganamo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de utilizar esta palavra tão simples: ‘desculpe’. Em geral, cada um de nós está disposto a acusar o outro para se desculpar. É um instinto que está na origem de tantos desastres. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. Também assim cresce uma família cristã.”
Finalmente, o Papa acrescenta, com bom humor: “Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos. Isso sem falar da sogra perfeita…”.
E conclui: “Existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: que um dia não termine nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o matrimônio durará, seguirá em frente.”
Desejo a você que é casado(a) e a todos os que são chamados a essa vocação especial que Deus conceda toda graça necessária para viver um relacionamento santo, fecundo e definitivo.