Ele me chamou para deixar tudo e seguí-lo como minha única segurança!

 

Eu sou o diácono Clovis da Comunidade Canção Nova. Tenho a grande alegria de convidar você para a minha ordenação sacerdotal, que será no dia 16 de dezembro deste ano, em Cachoeira Paulista (SP). Neste dia, eu e mais 5 diáconos da Comunidade Canção Nova nos tornaremos sacerdotes para a glória de Deus e para servir à Igreja no ministério ordenado. Vou contar um pouco de minha história vocacional para que você me conheça um pouco melhor. Bem, nasci na cidade de Itajubá (MG) no dia 16 de maio de 1978. Sou de uma família de cinco irmãos. Quando eu tinha sete anos de idade fomos morar na cidade de São José dos Campos (SP). 

Desde muito pequeno fui crescendo num ambiente de Igreja, sendo levado às Santas Missas por meus pais. Quando completei 12 anos comecei a participar de um grupo de jovens e de reuniões dos vicentinos, pois gostava muito das orações e do trabalho social desenvolvido por eles. Nosso grupo de jovens estava nos seus inícios, e os ministérios de pregação, intercessão e acolhida estavam sendo formados. Eu comecei a servir no ministério de música, ali aprendi a tocar bateria, porque este foi o instrumento com o qual mais me identifiquei. 

No grupo de oração e no ministério de música os laços foram se estreitando, e acabamos por nos tornar uma grande família. Nós tínhamos um grande ardor missionário e nos empenhávamos bastante na evangelização. Não medíamos esforços para isso. Lembro-me que nós íamos a alguns lugares evangelizar e levávamos dentro do ônibus urbano as caixas de som, instrumentos, até a bateria era levada. Para nós, não tinha tempo ruim, o importante era levar a Palavra de Deus. Isso tudo foi gerando em mim um amor cada vez maior pelo Reino de Deus e um grande desejo de me entregar totalmente a Ele. 

Somando-se a isso tudo, chegou às minhas mãos um livro sobre a vida de São Francisco de Assis, cujo título é “O Pobre de Deus”, escrito por Nikos Kazantzákis. Quando comecei a ler essa obra, fui me identificando muito com a vida de São Francisco por seu amor a Jesus e à Igreja. Creio que este livro contribuiu bastante no meu discernimento vocacional. 

Fui percebendo nos fatos, nos acontecimentos e também nas minhas atitudes que Deus estava me chamando. Cada vez mais eu passava mais tempo na Igreja, com as coisas de Deus. Nós realizávamos muitos retiros, encontros de conversão e de aprofundamento nos fins de semana. Eu comecei a notar que – quando estava na Igreja, nesses encontros, – me sentia pleno, feliz, completo, mas quando o retiro acabava e eu voltava para a casa, sentia certa solidão, meus pais e meus irmãos estavam ali, eu os amava, gostava de estar com eles, mas ainda assim sentia aquele vazio. Creio que nisso também havia um sinal de Deus me chamando a segui-Lo. Com o tempo, identifiquei aí um chamado à vida comunitária. 

Os anos foram se passando e o desejo de me consagrar ao Senhor não morreu; pelo contrário, foi crescendo ainda mais. Quando completei 18 anos, eu me alistei no Exército e fui servir à Pátria numa unidade do Tiro de Guerra em São José dos Campos. Foi um tempo bom, amadureci bastante como cidadão e aprendi a disciplina. Completado o ano de alistamento fui fazer uma experiência na Comunidade Magnificat em minha cidade. Ali fiquei por volta de um ano e meio. Foi um tempo bom, mas sentia que ainda não era o meu lugar. Foi então que, num acampamento de férias em Cachoeira Paulista, por meio de uma pregação do padre Roberto Lettieri, senti o Senhor me chamando à Comunidade Canção Nova. Durante a pregação, ele insistia muito em que o Senhor estava chamando a muitos. Eu me lembro de cada palavra, ele dizia assim: “Você que se sente inseguro em renunciar tudo e seguir Jesus, é você mesmo que Ele está chamando. Porque quem é muito seguro de si não precisa de Deus e não é capaz de contar com Deus. Mas a você, que é inseguro, Deus chama hoje, e Ele será a sua única segurança”. Essas palavras calaram em meu coração e decidi dizer “sim” a Deus. Na Santa Missa de encerramento do acampamento, por intermédio da homilia do monsenhor Jonas Abib – o meu chamado ao carisma Canção Nova foi confirmado. Percebi ali Deus me chamado a me consagrar nesse carisma e decidi dizer “sim”. 

Então, iniciei contato com a equipe vocacional da Canção Nova e fiz os encontros. No dia 28 de dezembro de 2000 estava ingressando na comunidade. Neste ano completam sete anos que estou aqui. Posso dizer que estou feliz e realizado na vontade de Deus. E por falar em vontade, escolhi como lema de ordenação diaconal e sacerdotal um versículo da Carta aos Hebreus: “Eis que venho, oh Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10, 7). Decidi escolher esse lema porque ele fala de Jesus. O único motivo, a única razão de toda a vida de Jesus é fazer a vontade do Pai. Cada segundo de vida de Jesus, cada ato foi movido por essa vontade. Quero, por toda a vida, me identificar com Jesus, seguir os passos d’Ele, confirmar em minha vida esta vontade do Pai, que é salvar a cada filho d’Ele. E só há um jeito de salvar: dando a vida. Por isso, por meio do meu sacerdócio, quero dar a vida por cada filho de Deus, por cada ovelha, seguindo o exemplo do Bom Pastor. 

Quero concluir reforçando o meu convite a você: venha estar conosco aqui, na sede da comunidade Canção Nova, no dia 16 de dezembro, às 16 horas. Será muito bom ter a sua presença aqui nesse dia tão importante para mim e para a Comunidade Canção Nova. Deus abençoe você e sua família! Um grande abraço, 

Diácono Clovis

Comunidade Canção Nova

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