nosso irmão Laqua se foi, mas, nos presenteou imensamente aqui na Missão de Brasília, durante seus últimos meses de vida. Quanta fraternidade, quanta humildade, quanta alegria e acolhimento!
Ele nos deu muitas lições de vida fraterna e espírito missionário, mesmo estando enfermo. Ouvi hoje de uma funcionária: foi o missionário da Canção Nova mais acolhedor e carinhoso que já conheci!
Tive o privilégio de acolhê-lo na minha casa em parte desse período de seu tratamento. Era super motivado e só pensava em recuperar-se para voltar e concluir o prédio da Rádio de Palmas. Falava dos projetos da Rádio, da luta ao lado do diácono Vandelmir, seu grande amigo; contava das pescarias que tanto gosta de fazer lá em Palmas, da orta que cuidava diariamente para abastecer sua casa e a casa dos irmãos de missão. Era inventivo, criativo, incansável no trabalho. E, em tudo isso, transpirava seu grande amor pela Canção Nova e pela missão de evangelizar oportuna e inoportunamente.
Aqui, na doença, ele revelou o lado avô. Brincava todos os dias com o meu filho Angelo, de três anos. Eram duas crianças rolando no chão e brincando de contruir predinos e de corrida de carrinhos. Quantas vezes chegava em casa e via o Laqua e o Angelo rolando pelo chão e se tratando com intimindades: “vovô Laqua você é um soldadinho de papel” e o Laqua respondia: e você é um soldadinho de leite”.
A cada saída do Laqua o Angelo já esperava um presentinho, e ele sempre trazia um chocolate, um carrinho diferente, um soldadinho etc.
Ontem, ao noticiarmos sua morte, quado liguei para a Roseli, ela suspirou e não disse nada. O Angelo estava na sala, viu as lágrimas caírem e já entendeu tudo: mamãe, por que o vovô Laqua morreu? Ele não ia voltar pra brincar comigo???
O Laqua revelou um amor muito grande pela Canção Nova nesses dias oferencendo seu sofrimeto pelo Projeto Dai-me Almas e pelos enfermos da Canção Nova. De fato, ele não voltará para birncar o Angelo, pois agora terá uma nova missão: unido aos anjos e santos suplicar incessantemente pela santificação de seus “Irmãos Canção Nova” e a disseminação desta Obra por todo o mundo. Quem era incansável no amor e no trabalho, certamente o será no louvor e intercessão celestial.
Obrigado Laqua !
Ronaldo