Você sabe o que são as Indulgências e como alcançá-las?
Para entendermos a questão das Indulgências é necessário que entendamos também a questão do pecado e suas consequências, e o que acontece espiritualmente quando pecamos…
Entender isso é fundamental para nossa consciência e para o nosso caminho de Cura e Libertação!
Ter a consciência destas realidades, pode nos levar para o Céu, e faz-nos viver sob a graça de Deus aqui na Terra!
É preciso que levemos muito à sério a questão das consequências que o pecado nos acarreta, e de como nos livrarmos do pecado e de suas funestas consequências…Porque nisto está a nossa Salvação!
Quando caímos em pecados, sejam mortais ou veniais, carregamos duas consequências para as nossas vidas: A culpa em si do pecado, e esta culpa pode nos levar a condenação eterna. Carregamos também o que a Igreja chama de PENA TEMPORAL.
A culpa em si do pecado é devida pela nossa escolha pelo mesmo! O pecado rompe o nosso vínculo de amizade para com Deus, nos distancia de Deus, e somos por isso merecedores do Inferno.
Quando, arrependidos e contritos de coração dos pecados que cometemos, tendo o propósito de não mais cometermos estes pecados, e por consequência, buscamos o Sacramento da Confissão; somos perdoados por Deus da culpa que o pecado nos trouxe. Somos por meio da Confissão livres do Inferno! Portanto, a confissão bem feita, com todas as disposições necessárias cumpridas, nos arranca das garras de Satanás! Isso já é para nós uma grande graça: Sermos livres da Condenação Eterna!
Porém, apesar de termos sido perdoados da culpa dos nossos pecados, ainda nos resta uma consequência do pecado sobre nós: A PENA TEMPORAL!
O que seria a Pena Temporal? Como entendê-lá?
Quando pecamos, vamos de certa forma deformando o nosso coração, vamos deixando “manchas”, marcas, consequências, que não são apagadas pelo Sacramento da Confissão! Desta forma, com estas manchas e deformidades, não é possível alcançarmos o Céu diretamente! Nenhum coração manchado pelo pecado pode entrar diretamente no Céu! Por causa destas manchas, estamos privados de contemplar o Céu logo que morrermos.
Ai vem a pergunta: Se pela Confissão dos nossos pecados, somos livrados do Inferno eterno; mas por causa das consequências dos nossos pecados, das “manchas” que ele nos deixou, somos privados do Céu, o que acontecerá então conosco?
A resposta é: Antes de entrarmos no Céu, precisaremos ser purificados das consequências que o pecado nos trouxe! Esta purificação acontece de duas maneiras: Ou quando morrermos, ou ainda em vida!
Quando morrermos, esta purificação se dará no Purgatório. E ainda em vida, esta purificação se dará por meio das INDULGÊNCIAS!
Pode ser que você esteja confuso(a) quanto ao entendimento da realidade desta PENA TEMPORAL, ou CONSEQUÊNCIA dos nosso pecados…Vou tentar deixar ainda mais claro, contando-lhe um fato que aconteceu quando eu era criança.
Um dia, um amigo meu, precisou mudar do condomínio onde morávamos. Ele foi para uma outra cidade. Lá ele conheceu um outro menino que lhe fez um convite: “Vamos com uma pedra lá no estacionamento e vamos riscar todos os carros?”
Esse meu amigo aceitou o convite, e ambos foram na garagem e riscaram todos os carros da garagem! Imaginem só! Um condomínio de alta classe, e todos os carros riscados!!
O prejuízo certamente foi grande para os pais destes garotos. Mas o pai deste meu amigo, após corrigi-lo, e mostrar a gravidade daquilo que ele tinha feito, o perdoou por completo deste erro que ele cometeu… Somente que apesar dele ter perdoado o erro do filho, ficou agora as consequências do erro do filho! O pai o deixou de castigo, sem sair de casa por umas boas semanas, e ficou a consequência de terem de pagar o valor do concerto dos carros!
O perdão do pai, não o livrou das consequências do seu erro!
Assim também é o que acontece quando nós pecamos, e depois arrependidos, nos Confessamos!
Somos definitivamente perdoados por Deus, livrados do Inferno, mas ainda teremos a realidade de “pagar pelas consequências” dos pecados que cometemos.
A Igreja compreendendo isso, nos dá também o percurso para conseguirmos chegar ao Céu, nos aponta o caminho desta purificação do nosso coração, para que não haja a necessidade de passarmos pelo Purgatório. Á esta realidade, damos o nome de Indulgências!
O Papa Paulo VI nos ensina sobre as Indulgências dizendo:
“A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.”
A primeira coisa importante a se notar no que diz o Papa Paulo VI, é que a indulgência somente se aplica quando a pessoa já está devidamente confessada e perdoada dos pecados quanto à culpa! Ninguém pode receber uma indulgência sem estar em estado de graça! Ela não é válida!
O Papa Francisco nos ensina que:
“No Sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece. A Misericórdia de Deus, porém, é mais forte também que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, por meio da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e o liberta de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado.” (Papa Francisco – Misericordiae Vultus)
“A indulgência é experimentar a Santidade da Igreja, que participa em todos os benefícios da Redenção de Cristo, para que o perdão se estenda até às ultimas consequências aonde chega o amor de Deus.” (Papa Francisco – Misericordiae Vultus)
Vejam que riqueza de ensinamento que o Papa Francisco nos ensina! O amor de Deus por nós é tão grande que Ele quer chegar até as consequências do Pecado em nós, e arranca-las de nós! Ele usa a expressão “libertar de qualquer resíduo das consequências do pecado…“; que expressão magnifica! Tudo isso por meio da Santa Igreja. E como consequência, a graça da indulgência, nos habilita a agir com caridade, faz crescer em nós o amor, e nos dá força para não recair no pecado! Essa é a Igreja Católica Apostólica Romana!
Que tipos de indulgências podemos lucrar?
Há dois tipos de indulgências que poderemos lucrar: A Indulgência Plenária e a Indulgência Parcial.
A indulgência Plenária é o tipo de indulgência que “liberta no TODO, da pena
temporal devida pelos pecados.” (Manual das Indulgências)
A indulgência Parcial é o tipo de indulgência que “liberta, EM PARTE, da pena
temporal devida pelos pecados.” (Manual das Indulgências)
Quem pode receber as indulgências?
“Qualquer fiel pode lucrar indulgências parciais ou plenárias para si mesmo ou aplicá-las
aos defuntos como sufrágio.” (Manual das Indulgências)
Em relação à oferecer uma obra de indulgência às almas do Purgatório, significa que, se esta alma falecida, pela qual você esta oferecendo a Indulgência, estiver no Purgatório, esta alma será beneficiada pela remissão PLENA (se for uma obra indulgenciada plenária) de todas as penas devidas aos pecados cometidos! E esta alma irá diretamente para o Céu!
Por isso que não é necessário ficar oferecendo sempre uma Indulgência Plenária para a mesma alma do Purgatório; pois, uma vez recebida, ela já vai para o Céu!
“Ninguém pode lucrar indulgências a favor de outras pessoas vivas.” (Manual das Indulgências)
“Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser batizado, não estar excomungado e encontrar-se em estado de graça, pelo menos no fim das obras prescritas.” (Manual das Indulgências)
“O fiel deve também ter intenção, ao menos geral, de ganhar a indulgência e
cumprir as ações prescritas, no tempo determinado e no modo devido, segundo o teor da
concessão.” (Manual das Indulgências)
O que preciso fazer para lucrar as Indulgências?
“Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado, até venial, requerem-se a execução da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e Oração nas intenções do Sumo Pontífice (Papa).”
Portanto, as condições para se lucrar uma Indulgência Planária é: Você precisará estar em estado de graça, isso é, com a sua confissão em dia e sem nenhum tipo de Pecado Mortal.
No dia participar da Santa Missa e Comungar.
No mesmo dia rezar um Pai-Nosso e o Creio pelas intenções do Santo Padre o Papa.
Para se receber a Indulgência Plenária ou Parcial, é necessário também cumprir uma OBRA QUE SEJA INDULGÊNCIADA. Mais a frente colocarei as Obras que são Indulgênciadas.
A Indulgência Plenária pode ser recebida uma única vez por dia.
“Contudo, o fiel em artigo de morte pode ganhá-la, mesmo que já a tenha conseguido nesse dia.” (Manual das Indulgências)
A Indulgência Parcial pode ser recebida diversas vezes no mesmo dia.
Obras Indulgenciáveis:
As obras indulgenciáveis, como expliquei acima, são aquelas que contém o mérito de nos proporcionar um tipo de indulgência (parcial ou plenária) que seja “acompanhada do cumprimento das três condições seguintes: Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e Oração nas intenções do Sumo Pontífice”
Vou descrever abaixo somente as obras indulgenciáveis mais comuns ou conhecidas por nós! Mas saibam que há diversas obras que conseguimos lucrar as indulgências…
Indulgências Parciais:
– “Concede-se indulgência parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida, ergue o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo só em pensamento“.
Por esta concessão são enriquecidos de indulgências somente os atos em que o fiel, ao cumprir seus deveres e ao suportar as aflições da vida, eleva o espírito a Deus, como se propõe. Estes atos especiais, pela fraqueza humana, não são tão freqüentes.
Mas se alguém é tão diligente e fervoroso que estende tais atos a vários momentos do dia, então com justiça merece, além de copioso aumento de graça, mais amplo perdão da pena temporal e pode ajudar com mais abundância de méritos às almas do purgatório.
– Concede-se indulgência parcial ao fiel que, levado pelo espírito de fé, com o coração misericordioso, dispõe de si próprio e de seus bens no serviço dos irmãos que sofrem falta do necessário.
O fiel é atraído por esta concessão de indulgência para que, seguindo o exemplo e preceito do Cristo Jesus, execute mais freqüentemente obras de caridade ou de misericórdia.
Contudo, nem todas as obras de caridade são enriquecidas de indulgência, mas só as que são feitas “para serviço dos irmãos que sofrem falta do necessário” como comida ou roupa para o corpo, ou consolação para alma.
– Concede-se indulgência parcial ao fiel que se abstém de coisa lícita e agradável, em espírito espontâneo de penitência.
Por esta terceira concessão é impelido o fiel a refrear suas más inclinações, a aprender a sujeitar o corpo e a se conformar com Cristo pobre e paciente.
Pois a penitência tanto mais vale quanto mais se une à caridade, conforme as palavras de São Leão Magno: “Demos à virtude o que subtrairmos ao prazer. Torne-se refeição dos pobres a abstinência do que jejua”
ORAÇÕES INDULGÊNCIADAS
– Inspirai, ó Deus
Inspirai, ó Deus as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e para
vós termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
– Ato de contrição
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes
vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e
estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração de vos ter ofendido; pesa-me também de ter
perdido o céu e merecido o inferno; e proponho firmemente, ajudado com os auxílios de vossa
divina graça, emendar-me e nunca mais vos tomar a ofender. Espero alcançar o perdão de
minhas culpas pela vossa infinita misericórdia. Amém.
– Aqui estamos
Aqui estamos, Divino Espírito Santo, aqui estamos detidos pela crueldade do pecado, mas
especialmente reunidos em vosso nome.
Vinde a nós, ficai conosco e dignai-vos entrar em nossos corações.
Ensinai-nos o que devemos fazer e por onde caminhar; mostrai-nos o que devemos
executar, a fim de podermos, com vosso auxílio, agradar-vos em tudo.
Só vós inspirais e levais a realizar nossos propósitos, só vós, que possuís com Deus Pai e
seu Filho um nome glorioso.
Não permitais sejamos perturbadores da justiça, vós que amais a eqüidade em tudo. Que a
ignorância não nos arraste para o mal, não nos dobre a adulação, não nos corrompa a acepção de
pessoas ou de cargos.
Mas associai-nos a vós eficazmente pelo dom de vossa graça, para que sejamos um em vós
e por nada nos desviemos da verdade. Unidos em vosso nome, conservemos em tudo a justiça
com bondade. E assim nossas resoluções em nada se apartem de vós e consigamos no futuro o
prêmio eterno por todo o bem que fizermos.
– A vós, São José
A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio ele
vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse
laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem, Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal
que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre a
herança que Jesus Cristo conquistou com seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades
com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providente da divina família, o povo eleito de
Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos
do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas, e assim como
outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a
Santa Igreja de Deus das ciladas de seus inimigos e de toda a adversidade.
Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso
exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente
e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.
– Santo Anjo
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre
me rege, guarde, governe e ilumine. Amém.
– Alma de Cristo
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossa chagas, escondei-me.
Não permitais que me separe de vós.
Do espírito maligno defendei-me.
Na hora da morte chamai-me e
mandai-me ir para vós,
para que com vossos Santos vos louve
por todos os séculos dos séculos.
Amém
– Comunhão espiritual
A comunhão espiritual, feita em qualquer fórmula piedosa, é enriquecida com indulgência
parcial.
Comunhão espiritual (Santo Afonso de Ligório)
Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as
coisas e minha alma suspira por vós. Mas como não posso receber-vos agora no Santíssimo
Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-me convosco como se já
estivésseis comigo: uno-me convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de
vós! Ó Jesus, sumo bem e doce amor meu, vulnerai e inflamai o meu coração, a fim de que esteja
abrasado em vosso amor para sempre. Amém.
– Creio
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único
filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na
comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar piedosamente este símbolo apostólico ou
símbolo niceno-constantinopolitano.
– Ouvi-nos
Ouvi-nos, Senhor santo, Pai todo-poderoso, Deus eterno, e digna i-vos mandar do céu o
vosso santo anjo, para que ele guarde, assista, proteja, visite e defenda todos os que moram nesta
casa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
– Dulcíssimo Jesus
(Ato de reparação)
Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é por eles tão ingratamente
correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados na vossa
presença, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e
das nefandas injúrias com que é, de toda a parte, alvejado o vosso amorosíssimo Coração.
Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez,
cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa
misericórdia, prontos a expiar não só as próprias culpas, senão também as daqueles que, errando
longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como
pastor e guia, ou, conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da vossa
santa lei.
De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas,
particularmente, da licença elos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção
armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e
vossos Santos, dos insultos ao vosso Vigário e a todo o vosso Clero, do desprezo e das horrendas
e sacrílegas profanações do Sacramento do divino amor, e, enfim, dos atentados e rebeldias das
nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.
Oh! se pudéssemos lavar, com o próprio sangue, tantas iniqüidades!
Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os
merecimentos da Virgem Mãe, de todos os Santos e almas. piedosas, aquela infinita satisfação,
que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar, todos os dias, sobre
nossos altares.
Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme
propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e
caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nosso próximo, impedir,
por todos os meios, novas injúrias de vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior
número de almas possíveis.
Recebei, ó benigníssimo Jesus, pelas mãos de Maria santíssima reparadora, a espontânea
homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes,
até à morte, no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que
possamos chegar todos à pátria bem-aventurada, onde vós com o Pai e o Espírito Santo viveis e
reinais ,Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar este ato de reparação piedosamente, e
indulgência plenária se o ato se recitar publicamente na solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
– Adoração ao Santíssimo Sacramento
Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar o Santíssimo Sacramento para adorá-lo;
se o fizer por meia hora ao menos, a indulgência será plenária.
– Doutrina cristã
Concede-se indulgência parcial ao fiel que se dedica a ensinar ou aprender a doutrina
cristã.
– Ladainhas
Com indulgência parcial são enriquecidas as ladainhas aprovadas pela autoridade
competente. Sobressaem-se entre elas as seguintes: do santíssimo Nome de Jesus, do Sagrado
Coração de Jesus, do preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima Virgem
Maria, de São José e de Todos os Santos.
– Magnificat
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar piedosamente o Magnificat.
– Maria, ó Mãe da graça
Maria, ó Mãe da graça,
ó Mãe da misericórdia,
do inimigo defendei-me,
na hora da morte acolhei-me!
– Lembrai-vos
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que
recorreram à vossa proteção, imploraram vossa assistência, reclamaram vosso socorro, fosse por
vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a vós, Virgem entre todas singular,
como a Mãe recorro; de vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro aos
vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignaivos
de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.
– Miserere (Tende piedade)
Concede-se indulgência parcial ao fiel que em espírito de penitência recitar o Salmo 51(50) – Senhor, Misericórdia!
– Uso de objetos de piedade
Concede-se indulgência parcial ao fiel que usa devotamente objetos de piedade, como
crucifixo ou cruz, terço, escapulário, medalha, bentos ritualmente por qualquer sacerdote ou
diácono. Se o objeto de piedade for bento pelo Sumo Pontífice ou por um Bispo, o fiel que usa
com devoção esse objeto pode ganhar a indulgência plenária na solenidade dos Apóstolos São
Pedro e São Paulo, acrescentando a profissão de fé com qualquer fórmula aprovada.
– Oração pelas vocações sacerdotais e religiosas
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar alguma oração aprovada pela autoridade
eclesiástica para isso.
– Oração mental
Concede-se indulgência parcial ao fiel que se entrega à oração mental com piedade.
– Oremos pelo Pontífice
V/. Oremos pelo nosso Pontífice N.
R/. O Senhor o conserve, o anime, e o torne feliz na terra, e não o entregue ao poder dos
seus inimigos.
– Salve, Rainha
Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos
os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas! Eia,
pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro
mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre! Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem
Maria.
– Visitai, Senhor
Visitai, Senhor, esta casa, e afastai as ciladas do inimigo; nela habitem vossos santos
Anjos, para nos guardar na paz, e a vossa bênção fique sempre conosco. Por Cristo, nosso
Senhor. Amém
– Á vossa proteção
À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em
nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.
– Tão sublime sacramento
Tão sublime sacramento
vamos todos adorar,
pois um Novo testamento
vem o antigo suplantar!
Seja a fé nosso argumento
se o sentido nos faltar.
Ao eterno Pai cantemos
e a Jesus, o Salvador,
igual honra tributemos,
ao Espírito de amor.
Nossos hinos cantaremos,
chegue ao céus nosso louvor.
Amém.
V/. Do céu lhes deste o pão,
R/. Que contém todo o sabor.
Oremos: Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da
vossa Paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso corpo e do vosso
sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que viveis e
reinais para sempre.
R/. Amém.
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar com piedade estas orações. A
indulgência será plenária na quinta-feira da semana santa depois da missa da Ceia do Senhor, e na ação litúrgica da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
– Vinde, Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso
amor.
– Participação na sagrada pregação
Concede-se indulgência parcial ao fiel que assistir atenta e devotamente à sagrada pregação
da palavra de Deus.
– Sinal da cruz
Concede-se indulgência parcial ao fiel que faça devotamente o sinal da cruz, proferindo as
palavras costumeiras: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
– Novenas
Concede-se indulgência parcial ao fiel que assistir devotamente às novenas públicas que se
fazem antes das solenidades do Natal, de Pentecostes e da Imaculada Conceição.
– Renovação das promessas do batismo
Concede-se indulgência parcial ao fiel que renovar as promessas do batismo em qualquer
fórmula de uso; e ganhará indulgência plenária, se o fizer na celebração da Vigília Pascal ou no
aniversário de seu batismo.
– Veni Creator (Ó vinde, Espirlto Criador)
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar devotamente o hino Veni Creator (Ó
vinde, Espírito Criador). A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade
de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente.
Indulgências Plenárias:
– Adoração ao Santíssimo Sacramento pelo menos por meia hora.
– Leitura espiritual da Sagrada Escritura ao menos por meia hora.
– Piedoso exercício da Via Sacra.
– Recitação do Rosário de Nossa Senhora na igreja, no oratório ou na família ou na comunidade religiosa ou em piedosa associação.
– Visita às basílicas patriarcais de Roma
Concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar com devoção uma das quatro basílicas
patriarcais de Roma e aí recitar o Pai-nosso e o Creio:
1) no dia da festa do titular;
2) em qualquer festa de preceito;2
3) uma vez no ano, em dia à escolha do fiel.
– Bênção papal
Ganha indulgência plenária o fiel que recebe com piedade e devoção a bênção dada pelo
Sumo Pontífice a Roma e ao mundo, ou dada pelo Bispo aos fiéis confiados ao seu cuidado,
conforme a norma 10, parágrafo 2 deste manual, ainda que a bênção se receba por rádio ou
televisão.
– Visita ao cemitério
Ao fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos,
concede-se indulgência aplicável somente às almas do purgatório. Esta indulgência será plenária,
cada dia, de 1 a 8 de novembro; nos outros dias do ano será parcial.
– Adoração da Cruz
Concede-se indulgência plenária ao fiel que, na sexta-feira da Paixão e Morte do Senhor,
toma parte piedosamente na adoração da Cruz da solene ação litúrgica.
– Congresso eucarístico
Concede-se indulgência plenária ao fiel que participar com devoção do solene rito que
costuma encerrar o congresso.
– Exercícios espirituais
Concede-se indulgência plenária ao fiel que faz os exercícios espirituais ao menos por três
dias.
– Indulgência na hora da morte
O sacerdote que administra os sacramentos ao fiel em perigo de vida não deixe de lhe
comunicar a bênção apostólica com a indulgência plenária. Se não houver sacerdote, a Igreja,
mãe compassiva, concede benignamente a mesma indulgência ao cristão bem disposto para
ganhá-la na hora da morte, se durante a vida habitualmente tiver recitado para isso algumas
orações. Para alcançar esta indulgência plenária louvavelmente se rezam tais orações fazendo
uso de um crucifixo ou de uma simples cruz.
A condição de ele habitualmente ter recitado algumas orações supre as três condições
requeridas para ganhar a indulgência plenária.
A mesma indulgência plenária em artigo de morte, pode ganhá-la o fiel que no mesmo dia
já tenha ganho outra indulgência plenária.
Esta concessão vem assinalada na const.apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 18.
– Participação na sagrada pregação
Concede-se indulgência plenária ao fiel que, no tempo das santas missões, ouvir algumas
pregações e participar, além disso, do solene encerramento das mesmas missões.
– Primeira comunhão
Concede-se indulgência plenária aos fiéis que se aproximarem pela primeira vez da sagrada
comunhão ou que assistem a outros que se aproximam.
– Primeira missa do neo-sacerdote
Concede-se indulgência plenária ao sacerdote que, em dia marcado, celebra sua primeira
missa, diante do povo, e aos fiéis que devotamente a ela assistem.
– Reza do Rosário de Nossa Senhora
Indulgência plenária, se o Rosário se recitar na igreja ou oratório ou em família, na
comunidade religiosa ou em piedosa associação; parcial, em outras circunstâncias.
(O Rosário é uma fórmula de oração em que distinguimos quinze dezenas de saudações
angélicas [Ave-Marias], separadas pela oração dominical [Pai-nosso] e em cada uma recordamos
em piedosa meditação os mistérios da nossa redenção.)
Chama-se também a terça parte dessa oração o Terço. Para a indulgência plenária
determina-se o seguinte:
1. Basta a reza da terça parte do Rosário, mas as cinco dezenas devem-se recitar juntas.
2. Piedosa meditação deve acompanhar a oração vocal.
3. Na recitação pública, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado do
lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a meditação dos mistérios à oração vocal.
4. Entre os orientais, onde não existe a prática desta devoção, os Patriarcas poderão
determinar outras orações em honra da santíssima Virgem Maria (por exemplo, entre os
bizantinos o hino “Akathistos” ou o ofício “Paraclisis”), que gozarão das mesmas indulgências.
– Jubileus de ordenação sacerdotal
Concede-se indulgência plenária ao sacerdote que, aos 25, 50, 60 anos de sua ordenação
sacerdotal, renova diante de Deus o propósito de fidelidade aos deveres de sua vocação.
Os fiéis que assistirem à missa jubilar do sacerdote, também eles podem ganhar a
indulgência plenária.
– Leitura espiritual da Sagrada Escritura
Concede-se indulgência parcial ao fiel que ler a Sagrada Escritura, com a veneração devida
à palavra divina, e a modo de leitura espiritual. A indulgência será plenária, se o fizer pelo
espaço de meia hora pelo menos.
– Sínodo diocesano
Concede-se indulgência plenária uma só vez ao fiel que, no tempo do sínodo diocesano,
visitar piedosamente a igreja em que o sínodo se reúne e aí recitar o Pai-nosso e o Creio.
– Veni Creator (Ó vinde, Espirlto Criador)
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar devotamente o hino Veni Creator (Ó
vinde, Espírito Criador). A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente.
– Visita à igreja paroquial
Concede-se indulgência plenária ao fiel que com devoção visitar a igreja paroquial:
– na festa do titular;
– a 2 de agosto, em que ocorre a indulgência da “Porciúncula”
Uma e outra indulgência poderão alcançar-se no dia acima marcado ou noutro dia
determinado pelo ordinário para utilidade dos fiéis.
Gozam das mesmas indulgências a igreja catedral e, se houver, a concatedral, ainda que
não sejam paroquiais, e também as igrejas quase-paroquiais.4
Tais indulgências já estão incluídas na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 15;
aqui se satisfaz aos desejos que neste intervalo se apresentaram à Sagrada Penitenciaria.
Na piedosa visita, conforme a norma 16 da mesma const. apost., “recitam-se a oração
dominical e o símbolo dos apóstolos” (Pai-nosso e Creio).
– Visita à igreja ou altar no dia da dedicação
Concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar a igreja ou o altar no próprio dia da
dedicação e aí piedosamente rezar o Pai-nosso e o Creio.
– Visita à igreja ou oratório de religiosos na festa do fundador
Concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar piedosamente urna igreja ou oratório de
religiosos na festa de seu fundador e aí rezar o Pai-nosso e o Creio.
– Renovação das promessas do batismo
Concede-se indulgência parcial ao fiel que renovar as promessas do batismo em qualquer
fórmula de uso; e ganhará indulgência plenária, se o fizer na celebração da Vigília Pascal ou no
aniversário de seu batismo.
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Meus irmãos, vocês compreenderam a riqueza que a nossa Igreja permite que vivamos?!
É Cristo indo até as últimas consequências dos estragos que o pecado deixou em nós para nos levar para o Céu!
Aproveitemos deste tempo em que o Senhor nos dá, para colhermos as graças que Dele provém! O Senhor quer que nos salvemos!
Muitas pessoas não conhecem esta questão das Indulgências, portanto vamos espalhar esta boa notícia!
Deus abençoe você!
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Danilo Gesualdo, é membro da Comunidade Canção Nova e atua junto ao Ministério de Cura e Libertação, residindo em nossa sede em Cachoeira Paulista. Para contato me envie um e-mail: livresdetodomal@cancaonova.com |