Você já parou para pensar que mesmo nascendo com 40 semanas de gestação, ainda assim nascemos prematuros?
Os mamíferos logo que nascem já desenvolvem bem sua locomoção, alimentação, sentidos, convívio social e tudo mais, e nós demoramos quase 12 meses para andar e falar. Alimentamos-nos de leite materno durante seis meses e ainda morremos de cólica, pois nosso organismo está em desenvolvimento.
A psicologia nos diz que após o nascimento ainda continuamos uma vida extrauterina, de pleno desenvolvimento e dependente totalmente dos cuidados maternos para sua sobrevivência durante os primeiros meses. A ausência dos cuidados de necessidades básicas gera no indivíduo e em sua vida adulta, um sentimento de desamparo muito grande, como se fosse um sentimento de abandono.
Por volta dos 18 meses à criança começa pedir o NÃO! Explora todo o ambiente a sua volta, como um verdadeiro explorador. Nisto, ela “invade” espaços que não são seus, aventurando-se em situações inacreditáveis, pedindo de forma inconsciente,limites! A criança não tem noção do certo ou errado, os pais fazem esse papel. A atividade tornar-se desgastante para os pais, com isso, acaba permitindo essa exploração de forma desordenada. A falta de limite nesta etapa e em outras que também trabalham a questão de limites, podem na vida adulta ser ingredientes de uma vida desregrada, sem limites, sem noção do perigo real.
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É importante ressaltar que a criança precisa de firmeza e coerência nas correções. Essa firmeza protege a criança de possíveis anarquias, tanto na infância quanto na vida adulta.
Um adulto sem limites é difícil de conviver, não é mesmo?!
Na infância, a criança passa por três fases importantes:
O narcisismo, que é a fase que a criança se descobre e se apaixona pelo que é;
O egoísmo, quando ela desenvolve um sentimento de posse, é a fase do não, do meu, minha;
O egocentrismo, quando inicia o processo do pensamento, vivendo a experiência da
fantasia e do seu mundo a nível mental.
É muito importante para a criança passar por estas etapas, sem ficar apegada a elas. Passando por ela em um crescente desenvolvimento, porque ficar preso a uma dessas etapas, por não ter vivido bem, é como se levasse essa etapa dentro de uma mala preta para a vida adulta. Um exemplo de narcisista, são aqueles adultos que vivem para chamar a atenção para eles, seja pelo aspecto físico, intelectual ou até mesmo pela sua boa capacidade de se comunicar. É o famoso “pavão”, da vida adulta.
O adulto egoísta é fácil de ser reconhecido, pois seu sentimento de posse tanto para coisas quanto para pessoas é sufocante. Já o egocêntrico, são aqueles que vivem em torno de seus pensamentos, vivendo de forma intransigente e rígida. Acreditando que possuem a verdade e que os outros não são tão bons quanto ele.
Percebam que todos estes aspectos, podem se tornar patológicos, se não forem bem vividos na infância, potencializando um comportamento infantil na vida adulta.
Espero despertar em você, grandes reflexões a respeito de seu comportamento no momento que se encontra agora, seja adolescente, adulto ou idoso. Promovendo um encontro com o verdadeiro eu e assim assumir o que sou e o que precisa ser mudado.
No próximo post falaremos mais sobre a infância. Até breve!
Aline Rodrigues
Comunidade Canção Nova
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