E então eu nasci!

Você sabia que o nascimento é a primeira experiência de angústia que vivemos? Ainda tão pequenos experimentamos algo tão intenso e desconfortante.

O ato de nascer é uma situação de risco na qual a vida é ameaçada. Como foi o seu parto? Foi natural? Cirurgia Cesariana? Com complicações ou sem complicações? Pode ser que seu nascimento tenha sido difícil e sua mãe veio falecer.

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Já pensou no quanto o parto por mais que seja natural e perfeito, por ter sido feito por Deus, pode ser difícil? Mães que perdem muito sangue, filhos que nascem antes da hora e tantas outras coisas que podem acontecer. Tudo isso pode impedir o grande encontro destes dois seres logo após o parto. Como é bom ir para casa com o seu bebê nos braços, mas como deve ser doloroso ir para casa sabendo que seu bebê tão pequeno e indefeso ficou para trás. Todas estas circunstâncias são cheias de pensamentos duvidosos e sentimentos dolorosos.

O nascimento traz uma sensação de expulsão para o bebê, porque ele é levado a sair de um lugar que ninguém perguntou se desejava sair. Mesmo que seja parto natural, ainda assim é invasivo. O corpo da mãe expulsa aquele pequeno corpo, por reconhecer que já não pertence a ela. É doloroso! É angustiante!

Qual foi a reação dos seus pais, amigos e parentes ao te ver? Todos criam expectativas sobre nós. Planejam o que vamos ser e imaginam como seremos fisicamente. Esse bebê nasceu como foi sonhado? Ou nasceu com alguma doença? Essa família está pronta para acolher esta criança, da forma que ela nasceu? Muitas mães se desesperam nos primeiros meses, quando descobrem que seu filho (a), não é como sonhavam. Ele nasceu diferente! E agora? A família assume ou ignora a existência dessa criança? Tem pais e mães que não conseguem se adaptar a essa realidade tão diferente da planejada.

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E assim, mesmo tão pequeno, o bebê vive toda a angústia da expulsão do seu conforto junto a realidade de atender a expectativa dos outros.

Quando uma criança nasce, principalmente se for o primeiro filho, ele muda toda estrutura familiar. Sua mãe, era apenas filha, mas no ato do seu nascimento ela deixa de ser filha e passa a ser mãe. E assim, a mãe dela, deixa de ser mãe e passa a ser avó. Isso acontece com todos os membros da família. O ato do nascimento traz uma realidade diferente e muda toda a estrutura de uma família. Mesmo que esta família não o acolha!

Esta família escolhe um nome. Qual o seu nome? Escreva ele neste momento. O meu é Aline Rodrigues Silva dos Santos. Você sabe a história do seu nome? O significado dele? Você gosta e se identifica com ele? Eu não gostava muito do meu nome quando era criança, porque eu nunca estudei em uma sala que eu fosse a única Aline. Certa vez estudei em uma sala que tinham sete “Alines”, mas depois que compreendi o significado do meu nome, o porquê de ter sido escolhido, passei a gostar. Outro fator determinante foi reconhecer que sou exclusividade de Deus. Somos exclusivos! Deus nos quis!

:: Qual a influência dos meus antepassados em minha vida?

Não basta conhecer a nossa história de vida, é preciso conhecer a história do nosso nome, e se for preciso, fazer as pazes com ele. Você tem apelido? Por que tem apelido? Por que não gosta do seu nome ou por que seu nome é difícil? Mesmo que seja feio, que você não goste, que seja difícil! É o seu nome, você deve ser o primeiro a valorizá-lo.

Te convido a fazer a experiência de ouvir o seu nome através da boca das pessoas que estão a sua volta, para que faça a experiência de ouvir da boca de Deus o seu nome. Deus não te chama pelo apelido, mas sim pelo nome. É assim que está escrito na Palavra de Deus, e Ele sempre cumpre o que fala.

Deus me chama: Aline! E a você? Como te chama?

Aline Rodrigues
Psicóloga e missionária da Canção Nova