10. dezembro 2012 · Write a comment · Categories: Ano da Fé · Tags:

Neste Hosana Brasil tive a oportunidade de presenciar a fé simples de um povo simples. Algo que me fez refletir e me questionar sobre a minha fé. Penso, que muitas vezes, com a desculpa de ter uma fé amadurecida tenho tido uma “fé orgulhosa e estéril”.

Por vezes, nós que estudamos teologia queremos complicar a fé do povo de Deus com teorias, pensamentos e palavras difíceis. A verdadeira teologia vem para simplificar o entendimento da fé de um povo simples.

Por isso, a começar em mim não devo formular teorias tolas que ao invés de esclarecer, complica a fé e até causa divisões entre os irmãos. Isso é estupidez e tolice. Deus é simples!

Eu respeito demais àqueles que tem uma fé intelectualizada, mas prefiro ter uma fé simples como a de São Francisco de Assis e Madre Teresa de Calcutá, uma teologia da Vida. Eu fico com estes…

Eu levo muito à sério o estudo da teologia, quero ser um padre muito bem formado, por isso me empenho muito nos estudos, não somente para tirar excelentes notas, mas em aprender com profundidade tudo o que é ensinado na Teologia. Eu estudo e leio pra caramba, não estou diminuindo a importância da Teologia… Mas que eu não me perca em debates teológicos, mas sim lute na rivalidade do amor.

Que toda teologia que aprendo não seja somente fonte de conhecimento intelectual, preciso saber transformá-la em espiritualidade que me conduza a uma fé simples, como daquele povo simples que vi aqui na Canção Nova neste fim de semana.

“Senhor dá-me uma fé viva, dá-me uma fé nova, traduzida em vida, testemunhada no amor pelos irmãos.” Amém!

Forte abraço!

Ademir Costa

“Nos passos da Igreja temos voltado as fontes. Intrepidamente, temos crido, como os primeiros, no mover do Espírito Santo.” (Sem. Luan Saldanha – Diocese Senhor do Bonfim-BA)

Sou “seminarista de sempre”… Sou Vaticano II e carismático. Uso batina, tenho um profundo zelo pela liturgia, amo e sigo o Papa Bento XVI… Sou “seminarista de sempre”, porque sou da hermenêutica da continuidade, sigo a voz do Papa.

Meus amigos, eu nasci e vivo no contexto histórico deste Concílio, minha vida e vocação é fruto deste tempo, não posso agir de forma diferente senão em conformidade com os ensinamentos do Concílio.

Sou carismático porque diz da essência do movimento e comunidade eclesial que faço parte. Não posso fugir da essência daquilo que sou. Quem quiser pode criticar a vontade, o Papa abençoa as Novas Comunidades e os movimentos carismáticos. Sou carismático e não nego, vivo com alegria minha espiritualidade.

Desculpem a brincadeira do “seminarista de sempre”, não quis ofender ninguém, mas realmente sou, porque sou da continuidade e não do rompimento. Eu não tolero aqueles que protestam contra o Concílio Vaticano II, existem muitos “lobos vestidos com peles de ovelhas” a tentar enganar o povo de Deus, fiquem atentos!

Sou Vaticano II. Amém!

Ademir Costa

04. novembro 2012 · Comentários desativados em Qual é a “Igreja de sempre”? Rupturas... · Categories: Ano da Fé, Igreja · Tags:

A referência aos documentos [conciliares] protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. (Bento XVI, 2012 – Homília abertura do Ano da Fé)

Em nossos tempos, existe uma disputa entre os tradicionalistas e progressistas dentro da Igreja.

Como podemos ver na referência acima, que o Concílio Vaticano II não veio romper com a história de 2000 anos da Igreja, mas ser continuidade para o movimento do Espírito que a conduz por séculos.

Por isso, precisamos abraçar a consciência desta hermenêutica da continuidade presente no Concílio Vaticano. O problema é cada pessoa ou movimento “puxa a sardinha” para o seu lado. Por exemplo, os tradicionalistas ficam no extremo das nostalgias anacrônicas, enquanto os revolucionários mergulham em avanços excessivos e degradante. Ambos extremos ferem esta hermenêutica da continuidade, sendo verdadeiras rupturas que causam enormes estragos na Igreja.

No que diz respeito a esta descontinuidade o Papa nos alerta: “A hermenêutica da descontinuidade corre o risco de terminar numa ruptura entre a Igreja pré-conciliar e a Igreja pós-conciliar.”(Bento XVI, Discurso de Natal a Cúria Romana, 2005)

Talvez aqui seja a questão de todos “dar o braço a torcer”, quer dizer, ceder as suas ideologias que causam rupturas e juntos fazer uma reflexão justa daquilo que realmente o Santo Padre nos ensina, e não ficar manipulando ao seu bel prazer as palavras do Sumo Pontífice e a verdadeira Tradição.

Portanto, penso que a “Igreja de Sempre” não seja nem a Igreja pré-conciliar ou a pós-Conciliar, mas é a Igreja da continuidade viva na sua Tradição de mais de 2000 anos.

Meus irmãos não sejamos instrumentos de rupturas na Igreja, mas de união em Jesus Cristo.

Amém…

Ademir Costa