Neste sábado saí com a Cauany Marcondes – voluntária salesiana – para fazer missão na região montanhosa de Nkondezi na Aldeia de Chiziro.

Saímos por volta da 7h da manhã com o carro velho que um missionário italiano deixou aqui no Zobué por motivo de obras na paróquia. Seguimos até a Casa Religiosa das Irmãs Mercedárias, 30 km de Zobué, para pegarmos uma irmã e seguir para aldeia. Ao chegar lá encontramos padre Ângelo, salesiano, atual administrador paroquial, que também estava rumo a outra aldeia naquela zona pastoral.

Ali nos alertaram que aquele carro do qual estávamos não chegaria conseguiria chegar a aldeia. Esta aldeia de Chiziro está localizada a uns 15 a 20 km – da boa estrada asfaltada que leva a Ângonia. Portanto, não tão distante como a outra que fomos na semana passada na aldeia de Mutche. Mas o percurso de 20 km até a aldeia é de terra com muitas erosões e grandes pedras a se superar. O padre Ângelo nos cedeu o seu carro, que é maior e em melhores condições, e ele ficou com o nosso “carango”, porque a comunidade da qual iria estava ao lado da estrada de asfalto.

Seguimos para Aldeia, conosco foi ainda uma freira mercedária e os animadores da comunidade. E realmente nos deparemos com a estrada muito ruim, fomos com muito cuidado, pois tivemos que passar por terreno de “Rally” com erosões e com pedras enormes do qual o carro tinha que escalar para seguir a estrada. Depois de mais ou menos uma hora de viagem chegamos a Comunidade Santa Maria Gorete. O povo como sempre é um espetáculo de acolhida, esperando hospitaleiramente para nos saudar com canto e danças de boas vindas.

Apresentamo-nos e saudamos a todos. Mas demoramos ainda um bom tempo para começar a Santa Missa, porque tínhamos Batismos de crianças e adultos e também Matrimônios, assim antes devíamos preencher os livros dos sacramentos. Enquanto isso a Cauany e a freira brincavam e animavam as muitas crianças.

 

Começamos a nossa Santa Missa. As crianças que seriam batizadas e os dois casais apostos em seus lugares. A austera capela feita de galhos e palhas repleta de fiéis e muita gente do lado de fora. Como sempre um grupo Coral que toca o mais profundo da alma, cantando com alma, com o coração. Incrível é que são todos simples camponeses que nunca tiveram aulas de canto nunca frequentaram os mais famosos conservatórios, mas cantam e louvam a Deus de coração. Realmente eles vivem essa frase de Santo Agostinho de que “quem canta reza duas vezes”.

A celebração muito simples, nada de Missa Afro, tudo conforme o Missal Romana, do Sinal da Cruz a benção final, com a aspectos culturais totalmente aprovado pela Conferência e pela Santa Sé. Assim, é claro que o padre esforçou-se para celebrar na língua chewa, louvado seja Deus pelo Concílio Vaticano II, que nos permitiu celebrar na língua nativa. A celebração seguiu por algumas horas com muita alegria junto com os batismos e matrimônios. Concluímos a Missa e ainda ficamos para o almoço – Xima e frango – antes de partimos de volta para casa.

Despedimos do povo e pegamos a mesma estrada ruim para chegar a casa das Irmãs Mercedárias, deixar a freira e os animadores e seguir eu e Cauany para nossa casa no Zobué.

Deixo aqui para vocês mais um pouquinho de nossa ação missionária aos fins de semana em Moçambique.

 

Forte abraço,

 

Até a próxima

 

 

Padre Ademir Costa

Missionário da Comunidade Canção Nova /Moçambique

 

Nestes dias, jogando volei com meus irmãos de comunidade, aconteceu um fato interessante, que no momento levamos até na brincadeira, mas que tomei como lição:

“Ao separar os times, resolvemos tirar um irmão de nosso time, julgando-o ser fraco e não servir para gente, e passamos ele para o outro time. Fazendo isto diminuímos e desvalorizamos o irmão. O que aconteceu foi que o irmão foi bem acolhido e valorizado no outro time, jogou muito bem e ganhou  a partida.”

Coisas simples, mas que fala ao coração. Pois não podemos diminuir e descartar o nosso  irmão, isto o mundo já faz com todo nós. Por mais que o irmão seja limitado em algumas coisas, devemos valorizar para que possa “vim para fora” aquilo que ele tem de melhor. Quando acolhemos, valorizamos e motivamos o irmão, descobrimos o grande potencial que existe dentro dele. Foi isto que aconteceu nesta simples partida de volei, que levo como lição para minha vida.

Precisamos valorizar nosso irmão…

Forte abraço!

Ademir Costa

“…O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o fato de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão.”(Papa Bento XVI, Mens. para Quaresma 2012)

Mediante este convite do Papa para esta quaresma, devemos ter no coração que a lei sempre deve estar a serviço do amor. Por isto, devemos ver o Evangelho encarnado em nossas atitudes em nosso dia a dia. Irmã Dulce é um exemplo, próximo de nós, de alguém que pregou o Evangelho com a vida muito mais que com Palavras. Nisto vive-se a Lei do Amor.

O Evangelho de Marcos 2,23-28 nos ensina, que acima de toda Lei do Homem está o amor, a pessoa, o ser humano. Jesus não nos ensina a ninguém transgredir a Lei, mas sim a vivê-la na sua verdade, porque a Lei está a serviço do homem e não o contrário. “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.”

Que eu não seja um “fariseu” na vida dos irmãos, em primeiro lugar o Amor e a pessoa. Se a Lei em minha vida não se adequar a este principio alguma coisa está errada, e preciso me rever.

“…quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele”. (1 Jo 4, 16)

Forte abraço… Até a próxima!

Ademir Costa

“Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.”(Bento XVI, Carta aos Seminaristas 2010)

É fácil ficar apontando o dedo para os outros, mas não perceber que tem três dedos apontando para mim. Reconhecer minhas misérias me faz mais humilde. Em um mundo tão egoísta não é fácil, somos levados a não enxergar as nossas fraquezas. Escondemos nas fraquezas dos outros aquilo que são fraquezas nossas. Quem nunca se pegou em um grupinho falando mal das pessoas que convivem conosco. Parece que a língua coça. Algumas vezes, até camuflado de espiritualidade, usamos da conversa para massacrar as pessoas que não gostamos. Oh miserável, antes de querer tirar a trave do olho do irmão tira primeira trave que está no teu olho.

O ensinamento do Papa é direto para mim, devo em primeiro lugar reconhecer minhas míserias, para deixando perdoar, aprenda também a perdoar as fraquezas do próximo. Como diz a música: “como a pecadora caída, derramo aos teus pés minha minha, vê as lágrimas do meu coração e salva-me…Kyrie Eleison!”

Amém…

Forte abraço… Até a próxima!

Ademir Costa

O missionário jamais pode se apegar as coisas, pessoas, lugares… Porque sua vida tem que ser como uma “pluma” soprada pelo Senhor.

Hoje, estou partindo de São José dos Campos, após passar um ano de missão. Um tempo maravilhoso de muitas conquistas na minha vida como consagrado. Tempo de amadurecimento, de provações, de tocar nas misérias e nas riquezas das pessoas, como também nas minhas.  Tempo de se dizer, ser transparente, ficar alicerces na vocação no chamado de Deus em minha vida.

Quando passamos por um lugar, deixamos marcas e somos marcados. Com certeza isto aconteceu comigo. Pois, fiz uma experiência muito bela nesta missão Canção Nova de São José dos Campos. Agradeço a vocês, meus irmãos e irmãs: Pedro Roberto e Gleciane (Matheus e Ana Beatriz), Lucio Domicio e Andreia Gi (Maria Clara e Gabriel), Edison, Eliones, Keila, Mosângela, Néia, Sirlane e (Flávia). Como também meus irmãos da Aliança: Roque, Marinete, Maria Helena, Francine e Edvaldo, José Luiz. Pessoas que deixaram uma marca profunda de amor que nunca será apagado no meu coração.

Neste lugar conquistei a certeza do que quero e do que devo ser. Agora é continuar caminhando neste novo tempo em Cachoeira Paulista, rumo a vontade do Senhor.

Fica a saudade e a alegria de saber que aquilo que é construído em Deus é Eterno!

Obg SJCampos…Fuiiii….

Ademir Costa

O homem é um ser social, portanto criado por Deus para viver em sociedade, em comunidade. Na origem do ser humano habita esta necessidade de conviver que é essência da fraternidade. Podemos ver um exemplo disto no filme “Náufrago”: No qual um avião cai no mar próximo a uma ilha, o único sobrevivente, vive anos naquela ilha deserta. Para não sentir-se só, fez como “amigo” Wilson, uma bola de volei, que foi seu companheiro naquele longo tempo.

Podemos ver em toda a história humana que o homem nunca esteve sozinho. Observamos até mesmo a história de salvação de Israel. Todo o povo israelita sempre caminhando juntos, por mais que fossem cabeça dura, não se dispersavam. Assim, também no Novo Testamento, Jesus Cristo sempre caminhando junto com os discipulos. Como São Paulo que sempre teve companheiros em sua missão, a exemplo de Barnabé e Timotéo. Hoje, a Igreja sempre unida em comunhão com o povo de Deus.

Vivemos em comunidade, por mais que haja divisões, não podemos viver isolados, sempre faremos parte de algum grupo, seja qual for o movimento, pastoral, grupo, comunidade. Ou se não for na Igreja, pelo menos no seu serviço ou na família estará convivendo com alguém.

Claro que podemos e devemos nos retirar para estar a sós com o Senhor. É bom retirar-se e buscar um cantinho se ninguém para escutar a voz de Deus e fazer revisões em nossa vida.  O próprio Jesus fazia isto. Mas isto na verdade  não é estar sozinho, pois estamos com Deus.

Ninguém é bom sozinho, não podemos nos isolar do mundo, tentando criar um mundo a parte para nós. Existem alguns disturbios psicológicos como a esquizofrenia, que faz a pessoa viver fora da realidade, mas isto é um caso médico.

Nós devemos viver bem nosso ser social, fraterno, comunitário. Não podemos fugir daquilo que é nossa natureza humana.

Devemos como cristãos antecipar as necessidades dos irmãos. Na comunidade CN temos alguns irmãos que são designados responsáveis nas casas na qual moramos. São chamados coordenador e caixinha. Os mesmos tem a responsabilidade de cuidar e se antecipar as necessidades do irmãos. É uma atitude de amor de pai e mãe que cuida de seus filhos.

Esta atitude não deve ser somente dessas pessoas constítuidas para cuidar de nós. Todos nós como CRISTÃOS devemos ter a atitude de cuidar dos irmãos. Devemos ser sensíveis, ser atentos as necessidades de nosso próximo. Como já disse em outro post, que temos a tedencia de sempre garantir o nosso lado. E o outro que se lasque, porque o primeiro pedaço de “bife” é meu, para o irmão é o “osso”.

Irmãos, este amor fraterno é como uma argamassa que nos une como Igreja. A voz de Deus na Cruz de São Damião gritou com São Francisco: “Vai e reconstrói a minha Igreja”. E hoje para reconstruir a Igreja de Cristo que somos nós, devemos utilizar muita “argamassa” do amor fraterno, para que as pedras angulares da Igreja permaneçam firmes.

A começar em mim na minha vida comunitária, devo antecipar a necessidade do meu irmão.

Amém!

Em certas brigas ou desentedimentos, não podemos tomar partidos de imediato. Mas é preciso distanciar-se, “olhar do alto”, para entender a amplitude da situação. Olhar do alto é sair da boca do vulcão e observá-lo à distância.

Por exemplo: “Aquele que está em um helicóptero enxerga melhor o trânsito de uma cidade que aquele que está dentro do trânsito… Quem olha do alto consegue entender o que está ocasionado o trânsito”. Assim, acontece com aquele que busca sair do meio das confusões para analisa-la a distância.

Meu irmão saía do meio da confusão, não compre uma briga que não é sua. Depois as pessoas se resolvem e você é que fica como o “ruim” na história. Olhe estas situações do “alto” com uma visão neutra. Seja um conciliador, faça o papel que faria Jesus.

Amar quem nos é agradável é fácil. Mas aqueles que são pessoas chatas e até mesmo que nos tratam com indiferenças é complicado. Assumo que para mim é uma luta. Não somos pessoas bobas e percebemos aqueles que gostam e que não gostam da gente.

Humanamente o primeiro desejo do meu coração, é desistir destas pessoas, “matar” estes em meu coração. Tratar com a mesma indiferença com a qual me tratam. “Olho por olho, dente por dente”. Porém, quando peço orientação para o Senhor em minhas orações a ordem sempre é amar.

Nisto pergunto a Deus. Como amar estes que me desprezam? Não vou fazer papel de bobo para estes fiquem “pisando” em mim! Então a voz de Deus grita em minha alma para começar a amar estas pessoas pela oração. Deus me pede no primeiro momento uma atitude espiritual, assim é Deus que age e abre as portas naturalmente para que o amor aconteça de maneira concreta.

Tenho feito esta experiência, o resultado não é do dia para noite, pode levar dias ou meses, e assim tenho aprendido a amar as pessoas que são difíceis para mim. A ordem de Deus é amar sempre, inclusive meus “rivais”.

A pessoa “incendiária” é aquela que gosta de ver o “circo pegando fogo”, e ainda joga mais lenha na fogueira. Realmente sua boca cospe fogo. Este faz o real papel do capeta, pois este gosta de incendiar as situações com o fogo do inferno.

É fácil identificar o incendiário: Ele é rebelador, murmurador, manipulador, se aproveita das situações negativas para jogar “fogo” nas conversas, age por baixo dos panos, joga uns contra os outros, nunca está satisfeito com as autoridades, chefes, coordenadores e etc…

Se você é um incendiário saiba que estás fazendo o papel do demônio. Portanto, verifique-se…Porque precisamos ser sinais de unidade e não de divisão.

Meus irmãos precisamos aprender a conversar, a dialogar. Digo isto porque existem certos tipos de pessoas que não gostam de dialogar, mas sim de monologar.  Elas não permitem o outro falar. É o dono da conversa. Fala, fala e fala, uma verdadeira “verborréia” que pode durar minutos e até horas.

Estes não deixa a mínima brecha para você colocar falar sua opinião. E o mais chato é que quando você consegue falar ou dá alguma opinião, este sujeito sempre vai arranjar uma opinião contrária para te diminuir. E tenha a certeza vai continuar com a verborréia.

Não quero aqui ofender ninguém, mas precisamos nos verificar se somos pessoas desagradáveis. Um simples teste é você perceber se a pessoas fogem quando você chega. Às vezes em certas conversas sinto a vontade de gritar igual o Kiko: “Cale-se, cale-se, cale-se você me deixa louuuco!”


Na Canção Nova temos esta graça de vivermos em família. Somos muito diferente um dos outros em personalidade, raça, cultura… Mas nestas diferenças é que se manifesta a riqueza da universalidade, somos todos irmãos. Um amor mútuo que respeita os limites e as diferenças. Cada um caminhando no seu ritmo, mas caminhando nesta busca do homem novo, imagem e semelhança de Deus.

O lindo da Canção Nova é que aqui, ninguém é mais que outro. Não importa se a pessoa exerce um cargo importante, se a pessoa canta ou faz algum programa na TV, todos somos iguais a começar do Monsenhor Jonas até o mais novato, ninguém é mais que ninguém, somos família. Claro que existe todo um amor e respeito por aqueles que tem mais tempo no carisma, mas estes mesmo são aqueles que dão testemunha se fazendo um com todos.

O carisma Canção Nova é lindo traz em si este dom de família. Como é lindo viver assim…

Muitas vezes jogamos a culpa dos nossos problemas nos outros. Ficamos fofocando, murmurando e criticando o irmão. Dizemos: Ah fulano faz isto, faz aquilo, é isto, é aquilo e etc… Preciso tomar vergonha na cara e ver que não é o outro que tem de mudar, mas sou eu.

A mudança deve começar em mim. A partir do momento que começo a mudar, muitas coisas começarão a melhorar em minha vida, não verei as coisas somente a partir do negativo, mas começarei a partir do positivo. Inclusive veremos e falaremos do próximo a partir daquilo que ele tem de melhor.

É isto meus irmãos, as mudanças tem que começar em mim. Quem tem que mudar sou eu.


Não é pesado é meu irmão

A essência de uma comunidade é a vida fraterna. Para São Francisco a vida fraterna foi fundamento para o começo da fraternidade franciscana. Tanto que a exortava os frades enviados em missão a serem como mães uns para os outros. Mãe é mãe. É aquela que cuida e antecipa as necessidades dos seus filhos.

Por isso, devemos ser mães uns para os outros. Devemos cuidar do irmão como o próprio Cristo cuidaria. Independente de ter afinidade ou não, devo cuidar do irmão e antecipar suas necessidades.

Se necessário for carregar os irmãos nas costas…se necessário for dar a vida pelo irmão.


Em um livro de Larry Chapman é abordado as cincos linguagens do amor. E uma das linguagens que mais me chamou a atenção foi a linguagem do tempo de qualidade.

Tempo de qualidade é você estar por inteiro com as pessoas da qual você convive no dia-a-dia. Aqui não quer dizer que você tem que estar horas com as pessoas para viver esta linguagem de amor. Não significa dar tempo, mas sim qualidade ao tempo. Como já disse, é estar por inteiro com as pessoas. Seja um minuto ou uma hora.

Por exemplo, um lugar onde consigo viver com profundidade o tempo de qualidade é no futebol. Quantos laços de amizades foram aprofundados, alí entre uma partida e outra com meus irmãos de comunidade. Mas claro que podemos aproveitar de muitos outros momentos como as convivências, as festas, as visitas a casa de um irmão e etc.

É você que faz o tempo de qualidade acontecer no seus relacionamentos. Portanto esteja por inteiro nas oportunidades de viver esta linguagem do amor.