Cuidado com os discursos enganadores...

A mentira que tem se instalado…

Tenho visto atualmente uma grande confusão na cabeça das pessoas e uma busca desenfreada na conquista da felicidade terrena; das realizações pessoais, dos esforços exacerbados no intuito dos bens materiais; esquecendo-se completamente que a nossa real felicidade não está e não virá desta terra.
As pessoas tem se deixado influenciar por ideologias vazias que pregam a prosperidade, o auto conhecimento, o despertar de um potencial humano adormecido; e que ensinam que é através do desenvolvimento do mesmo que você conseguirá experimentar esta felicidade e plenitude.
Estas ideologias estão muitas vezes transvestidas de “espiritualismos enganosos”, de uma falsa religiosidade, que ao invés de nos aproximarem de Cristo, estas ideologias nos afastam do Cristo, colocando o homem como o centro e o grande “motivador potencial” de sua própria perfectibilidade! E para estas ideologias a perfeição e a felicidade estão na auto-realização do homem segundo uma ordem de valores criados por estes mesmos homens, e não com base no cristianismo, nem mesmo nas escrituras, ou naquilo que é Transcendente…

Estes tipos de ideologias vão sorrateiramente criando seres humanos egoístas, pois o centro da vida destas pessoas se tornaram elas mesmas, suas buscas e felicidade; contrariando enfaticamente o Evangelho de Cristo, o magistério e a tradição; que nos aponta que a verdadeira felicidade está numa vida de entrega e doação ao próximo.
Estes homens, movidos e estimulados por “si mesmos” vão se tornando soberbos, e arrogantes, crendo serem capazes de controlar e decidir o seu próprio futuro; começam a acreditar que “serão como Deus”. Nesta realidade, o pensamento de Nícolás Gómes Dávila, se encaixa perfeitamente quando ele afirma:

A história moderna é o diálogo entre dois homens, um que acredita em Deus, outro que acredita que é deus.

O Filósofo Louis Lavelle em seu livro ‘O Erro de Narciso’ também já acentuava essa realidade quando o homem centraliza sua vida em seus próprios interesses:

O amor-próprio corrompe de muitas maneiras nossas relações com os outros homens.

Não só corrompe, mas nos deporta para longe do Evangelho!
Nestas ideologias/filosofias antropocêntricas, que tem o homem como o centro e criam uma independência humana da figura Divina, está o grande vazio que os homens tem experimentado, assim como um certo tipo de desfigurar do ser humano, conforme pensado e constituído por Deus.

Um tipo de “Fé Metastática” tomou conta da cabeça de muitos que tem espalhado estes tipos de ideologias, e isso tem lançado a muitos num terreno perigoso, numa narrativa fantasiosa, que nos tira da nossa realidade. E quando estas coisas nos tiram da nossa realidade, corremos o risco de sermos “menos seres humanos”, porque a dinâmica da vida humana, a tensão da vida humana, está exatamente em saber corresponder à realidade, responder às circunstâncias que se apresentam no agora. A vida humana é uma constante possibilidade de escolhas, de eleições que precisamos ir fazendo…Correr disso, ou crer neste tipo de “Fé Metastática”; de que num piscar de olhos tudo será transformado em algo absolutamente bom;  é escolher ser “menos ser humano”.
Fugir da trama da existência, da possibilidade de escolher, fugir do contraditório, do sofrimento; é escolher realidades fora daquilo que a vida humana é constituída.

Por isso é que estas ideologias são perigosas, pois querem convencer o homem de um certo “poder” de mudar e controlar o seu próprio futuro. De que tudo pode ser superado pelas suas próprias forças e empenho.
É por isso que as pessoas andam cada vez mais frustadas e doentes porque todo o ser humano precisa alcançar quem de fato ele é, mas o que estas ideologias tem feito não é senão, lançar algumas “boas sensações” nestas pessoas, mas não preenchem de vida o núcleo pessoal das mesmas, o que existe como verdade radical na realidade humana…

Quando colocamos a nossa esperança ou crença “numa repentina transfiguração da estrutura da realidade e na subseqüente emergência de uma ordem paradisíaca”, isso enfraquece a visão de eternidade, e da necessidade que temos de nos esforçar para ganhar esta eternidade com Deus, pois nos fechamos num tipo de necessidade de felicidade terrena imediata.

Atentos, sigamos a via em que o Cristo nos ensinou por meio de Sua própria vida, e rejeitemos todos os discursos humanos que querem nos tirar deste caminho!

Deus abençoe você!

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Sobre o autor:

Danilo Gesualdo, é membro da Comunidade Canção Nova e atua junto ao Ministério de Cura e Libertação, residindo em nossa sede em Cachoeira Paulista.
Participa de encontros e retiros espirituais, em que é convidado a palestrar sobre essa temática.
Para contato me envie um e-mail:
livresdetodomal@cancaonova.com

 

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