Em Busca do Equilíbrio Sexual
O Senhor nos criou puros, à sua imagem e semelhança. Mas o homem, por sua livre e espontânea vontade, resolveu voltar-se contra o seu Senhor e, consequentemente, contra si próprio. Ora, se a criatura se volta contra o seu criador e contra aquilo para o qual foi criada, a tendência é a sua frustração ou destruição.
Vamos dar um exemplo prático: um liquidificador foi criado para “liquidificar alimentos”. Se utilizamos o liquidificador para liquidificar outras coisas que não sejam alimentos, como uma “pedra”, por exemplo, estamos colocando este objeto em perigo, em insegurança, e fatalmente será destruído, perecerá. Por outro lado, se ao invés de usarmos o liquidificador com suas funções corretas, o deixamos como enfeite, em cima da mesa, esse será um objeto “frustrado”, isto é, que não está atingindo o objetivo para o qual foi criado.
Embora “não sejamos objetos”, o exemplo vale também para nós, seres humanos. Nós temos um criador, e um “manual de instruções”, que é a Palavra de Deus. Se nos desviamos daquilo que está descrito em nosso “manual de instruções”, fatalmente seremos criaturas frustradas ou destruídas.
O Senhor, quando criou o homem e a mulher, tinha um plano bem definido, chamado família. A família começa com a união do homem e da mulher, união que recebe o nome de “matrimônio”. Qualquer tentativa de se definir família de maneira diferente desta, é tentar deturpar a Verdade.
A vida sexual está diretamente ligada a este conceito de família. O esposo se une à sua esposa, por amor, e desta união de amor, vêm os filhos. Deste modo, está formada o equilíbrio familiar, a partir do equilíbrio sexual do homem e da mulher.
Estar equilibrado é estar em segurança. Se vivemos uma sexualidade desenfreada, fora do matrimônio, estamos deturpando o nosso equilíbrio sexual, caindo na insegurança do desequilíbrio. Se não estamos seguros é porque não sabemos onde a situação que nos gera a insegurança poderá nos levar. Ao passo que, se estamos seguros, sabemos plenamente que estamos no caminho certo.
Qual a opção que você deseja fazer, viver na segurança, ou na insegurança? Viver no equilíbrio sexual ou no desequilíbrio? Apenas os insensatos desejam viver na insegurança, no perigo. A Palavra de Deus nos diz que “quem ama o perigo nele perecerá” (Ecl 3,27).
Se você já chegou a esta conclusão lógica, de que devemos viver uma sexualidade equilibrada, então o próximo passo é traçar as metas para atingir este objetivo.
Fuja das ocasiões de pecado, que levem você ao desequilíbrio. Ocupe sua mente com coisas puras, e não a alimente com pensamentos cheios de “sensualidade” ou “pornografia”. Se você não quer que o outro seja causa de queda pra você, não seja você também causa da queda dele. Reveja seu modo de vestir, de falar, de proceder. Se você já namora, proponha ao seu namorado ou namorada a ajuda mútua, e quando se virem em ocasião de “perigo”, fujam, rezem, conversem. Se você é casado, nada de ficar “de olho” nas “mulheres alheias”. Seja fiel à sua esposa e ao compromisso que você assumiu diante de Deus e da comunidade. Não dê ouvidos aos “maus conselhos”. Não é porque “todo mundo faz” que você tem que fazer. Se todo mundo tomar veneno, você toma também?
Se você ainda não vive dessa forma, é tempo de recomeçar. Mesmo que você já tenha “perdido algumas batalhas”, não se preocupe: a “guerra ainda não acabou”. Não tenha medo de ser diferente dos que estão à sua volta. Seja fiel ao seu Criador e ao seu “manual de instruções”. Você não foi criado pra viver errante, desequilibrado. Viva o equilíbrio sexual. É a garantia de uma vida livre da “frustração” e da “destruição”.
Seu irmão,