A cultura do “descartável” - Afetividade e Sexualidade

A cultura do “descartável”

Estamos vendo predominar, nos dias atuais, a cultura do “descartável”. Isto tem causado uma crise de identidade nos seres humanos e, consequentemente, um esvaziamento dos valores morais que devem nortear nossa existência.


Esta cultura está alcançando até nossa infância. As crianças de hoje são acostumadas a terem tudo o que querem. Seus pais não lhes impõe limites, não sabem ou não querem lhes dizer um “não”. Alguns pais acabam fazendo todas as vontades de seus filhos, muitas vezes como uma tentativa de compensar sua ausência dentro de casa.


Ora, se a criança não tiver obstáculos, não aprenderá a superá-los. Também não saberá valorizar o objeto de sua conquista. Valorizam mais a “conquista”, do que o objetivo dela. Uma vez conquistado o objeto, o seu desejo “perde a graça”, então parte para outras conquistas, deixando de lado o brinquedo que ganhou.


Ao chegar na juventude, aquela cultura do “descartável” passa para as relações humanas. Os rapazes valorizam mais a “conquista” do que o objetivo dela, isto é, a moça. Quando atingem seu objetivo, “descartam”, pois já perdeu o valor para eles.


Uma outra realidade grave desta cultura é que, se algo ou alguém se colocar diante de nossos interesses, então “devemos descartá-lo também”. Não é isso que acontece nos chamados reality show, que são uma “febre” nas televisões de todo o mundo? Aquele que pode ser um empecilho, deve ser eliminado. Infelizmente, constatamos que é isto que tem acontecido.


Precisamos dizer “não” a esta cultura. As pessoas não são descartáveis. Devemos retomar nossos valores morais e religiosos, e aprender a valorizar tudo o que conquistamos, principalmente no que se refere a nossas relações humanas (amigos, namorada, esposa, etc.). Afinal, aquele que está acostumado a “descartar” o seu semelhante, corre o risco de “se descartar” do céu.

Fraternalmente,

Heitor Galúcio – Comunidade Canção Nova