COMO EDUCAR NOSSOS FILHOS? - Nossa Família!

Família: COMO EDUCAR NOSSOS FILHOS?

Acredito que muitos leitores que têm filhos, como eu, sentem dificuldade em como educar melhor os nossos filhos. Eu vivo repetindo que gostaria que eles nascessem com manual de instruções. Mas esses mini-adultos são tão perfeitos e complexos que não caberia em um único livro essas instruções. Pretendendo tirar minhas próprias dúvidas e as que vocês sugerirem estou me dispondo a pesquisar em fontes boas e de referência alguns conselhos para tentarmos errar menos, na hora de educar… Se é que isso é possível! (risos). Estaremos sempre passíveis ao erro porque não nascemos pais… Nos tornamos pais (sem nada saber) no dia que o filho nasce. É um grande desafio que podemos enfrentar juntos. Devemos formar os nossos homens novos para um mundo novo. É a partir das crianças que podemos fazer um mundo diferente. Um mundo melhor de se viver.

DAR SEMPRE O MELHOR PARA NOSSOS FILHOS

Uma primeira palavra refere-se à qualidade do brinquedo. Muitos pais procuram sempre “o melhor” para o filho. Ora, é preciso saber se “o melhor” na cabeça deles é realmente melhor para uma criança. Às vezes pequenas fortunas são gastas periodicamente, sem resultado. Em muitos casos, como observou o Dr. Lee Salk, os pais gastam horas escolhendo o brinquedo e quando chegam em casa o filho prefere a caixa! O equívoco partiu do conceito de “melhor” para os pais. Não coincide com o “melhor” para a criança. Somos aqui frequentemente burlados por nosso inconsciente, que não quer se sentir socialmente frustrado ao ver os nossos filhos, com brinquedos inferiores aos dos filhos dos amigos que nos visitam (ou que nós visitamos, né?). Se conhecêssemos o que se passa no psiquismo infantil, talvez tivéssemos força para superar esse tolo complexo de concorrência. O dinamismo lúdico da criança apresenta variações. Não é o mesmo de sempre. Nos primeiros meses de vida, o brinquedo é percebido sobretudo como um estímulo para os olhos. Daí devermos preferir brinquedos que se mexam, simples e capazes de movimento. Como o bebê é mais sensível às formas móveis, não é necessário que esses brinquedos iniciais sejam coloridos.

Posteriormente chega a vez dos outros sentidos. Tato e audição. Como ele já consegue segurar os objetos, devemos dar-lhes coisas para apalpar, segurar os objetos, devemos dar-lhes coisas para apalpar, segurar, sacudir. O nenê já engatinha, já anda! Então é hora dos brinquedos de puxar, de empurrar. E também daqueles que se prestam a atirar, machucar, resgar e lambuzar.

Qualquer que seja o brinquedo, devemos cuidar para que ele não seja um brinquedo complexo. Pois nada se compara à exuberância criativa da criança, mormente na idade do pensamento mágico. Uma boneca que chame mamãe é um brinquedo ruim porque não poderá “ser” tia, avó, fada, bruxa princesa, rainha… Somente “filha”. Cerceará o horizonte criativo da garota. Sabotará o desenvolvimento da criatividade da menina.

Podemos, mesmo, estabelecer uma regra que nos orientará na escolha de um brinquedo: o valor educativo do brinquedo é inversamente proporcional ao preço que nos pedem por ele.

Também o brinquedo de violência, o brinquedo bélico, o brinquedo do crime (revólveres, rifles, punhais etc.) criam problemas para o futuro homem que está na criança. Familiarizam com o ato real pois na imaginação da criança o pum-pum é “real”. O brinquedo de crime, por ser brinquedo, deixa no inconsciente da criança caminho para associações fascinantes. Por isto um revólver pode ser muito atraente e simpático ao homem que brincou com revólver na infância. Percebe-se por que o apelo ao revólver real, como solução de problemas reais, encontra pouca resistência em tantos adultos, dando como resultado esta constatação: hoje é cada vez maior o número de crimes cometidos sem razão plausível. Não será o fruto de uma educação que não soube repudiar o “crime” como forma de brinquedo?

E é uma pena. Porque os brinquedos “de crime”, por serem brinquedos em grupo, roubam aos meninos oportunidades de lições infinitamente superiores a matar e morrer. Brincando em grupo, com jogos apropriados, o lazer atinge um alto nível de aprendizado para a vida. Porque só em grupo é que a criança fica sabendo que ninguém pode ganhar sempre, nem sempre mandar. Ao lado de aprender a ganhar e mandar, aprende a perder e obedecer.

Extraído do Livro: PREPARE SEUS FILHOS PARA O FUTURO
Autor: João Mohana

Com Carinho,


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