PROCESSO DE CURA - JOVENS SARADOS

“Cura Interior é um Processo (Pe. Léo)”

 

Olá juventude sarada!

 

Dando continuidade, trago para vocês uma parte do Livro de Pe. Léo, Gotas de Cura Interior, para que dessa forma você, assim como eu, se aprofunde nesta temática. Ficando com gostinho de quero mais, procure a nossa livraria Canção Nova, ele custa apenas R$ 18,00. Pode ter certeza jovem que te ajudará neste caminho de cura que você está traçando, pois ele é um processo de gotejamento e você precisa estar aberto para vivê-lo.

 

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PROCESSO DE CURA

 

Vivemos no mundo das coisas fáceis. É a cultura do instantâneo. Achamos que nossas tribulações interiores, as marcas que ficaram no coração, podem se resolver na mesma velocidade da Internet, da telefonia móvel ou da eficácia de um forno de microondas.

 

Além da velocidade na solução dos problemas, aspiramos pela lei do menor esforço. Queremos tudo entregue na porta de nossa casa. Achamos que existe também uma cura interior a domicílio, ou com a eficiência de um computador portátil e a segurança rápida de um elevador. Não queremos subir os degraus…

 

[…] O milagre da auto-ajuda promete criar pessoas sem nenhum problema, capazes de conquistar o mundo, de arrumar o melhor emprego, de vencer a solidão, de emagrecer sem nenhum esforço, e ainda conquistar aquela pessoa almejada desde muito tempo. Que pena!

 

Tudo que oferece solução imediata cria, na certa, problemas maiores e mais terríveis, a longo prazo. A solução imediata deveria também se chamar “problema sério a longo prazo” e até mesmo “pelo resto da vida”. Por isso, quando lhe ensinarem o caminho para um lugar onde alguém prometa resolver todos os seus problemas, grave bem o itinerário e tenha a coragem de seguir na direção contrária. Fuja desses milagreiros. A trilha da cura não passa por esses caminhos. Nem perto.

 

Um dos grandes perigos das soluções imediatas marca registrada da ação do encardido, é que a pessoa, como não consegue solucionar os problemas, acaba mascarando-os. Com isso cria-se o padrão da artificialidade, no qual tudo que a pessoa faz é para a manutenção das aparências. Só que os problemas continuam crescendo e se fortalecendo por debaixo das máscaras. Essa é a causa da firmeza com que Jesus condenou toda forma de hipocrisia.

 

Não é fácil quebrar o padrão da artificialidade. Também aqui precisamos aprender e executar a graça do gotejamento. Na infância nos ensinam a controlar os sentimentos e a mantê-los sufocados. Se falamos a verdade ou revelamos nossos desejos, somos rejeitados ou punidos.

 

Escondemos as feridas e as coisas negativas do passado. Não queremos reconhecer ou admitir. Temos medo da repressão e discriminação. Com isso vivemos lutando por salvar as aparências. A primeira gota que precisamos deixar cair em nosso coração é a gota da sinceridade e da verdade. Precisamos admitir nossas fraquezas, especialmente o fato de não conseguirmos mais controlar nossas aparências.

 

Esse passo é fundamental para tudo em nossa vida, principalmente para os problemas sérios que temos de resolver. Esse é o primeiro passo para ajudar alguém a se libertar da dependência química. Esse é o primeiro grande passo, a gota fundamental, para a cura interior.

 

Antes de mais nada, para experimentar a graça da cura interior necessitamos reconhecer que somos dependentes de nós mesmos, de pessoas, de nosso passado e de nossos traumas. Percebemos isso tendo a coragem de tomar nossa vida nas mãos, sem medo e sem condenação. Percebemos sinais de necessidade de cura quando nos descobrimos inseguros diante da vida. Um coração ferido e machucado tem medo de se expor diante dos outros. Vive no isolamento, tentando esconder-se. O isolamento gera a baixa auto-estima, transformando-nos em pessoas duras demais, controladoras, críticas, fofoqueiras e altamente exigentes com tudo e com todos.

 

Um coração ferido e machucado vive indo atrás de elogios, mesmo que sejam baratos ou falsos. A pessoa precisa ser admirada, busca a aprovação dos outros, pois tem necessidade de que todos gostem dela. Com isso torna-se ansiosa e hipersensível. Interessante perceber ainda que a pessoa de coração ferido procura sempre se unir com outras igualmente feridas e machucadas. Parece que, ao perceber que o outro também tem problemas nessa área, a pessoa se sente atraída, achando que ali estará mais segura. Na realidade o que acontece é que dois feridos juntos formam uma dupla de derrotados. Só isso.

 

Nasce aí o sentimento de vítima. A pessoa passa a mendigar amor, já que se sente a pior criatura do mundo, a mais sofrida, menosprezada e injustiçada. Lógico que é praticamente impossível para alguém nesse estado manter um relacionamento saudável e íntimo com os outros. Ferida gruda em ferida, mas não se une a nada e nem a ninguém. Quem tem coração ferido está sempre tentando controlar os outros e os acontecimentos.  E, como é impossível controlar a vida, a pessoa permanece continuamente frustrada.

 

É preciso deixar bem claro, mesmo correndo o risco de me tornar repetitivo: a cura interior é um processo; ninguém a atinge de um dia para o outro. Ela não acontece por mágica. Não é instantânea. É fruto de esforço e sacrifício.

 

A cura interior depende mais da soma constante e permanente de decisões corretas do que de uma fórmula milagrosa. A cura interior é fruto de uma certeza: não importa o que você esteja vivendo ou o que esteja enfrentando[…]

Referência Bibliográfica: Pe. Léo SCJ, Gotas de Curar Interior – Cap.03, pág.21-25, Editora Canção Nova: São Paulo, 2009. 17ed.

 

 


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